Alavanca de
Arquimedes
A
poesia é uma flecha por chegar ao seu destino
Um
tigre no instante de alcançar a sua presa
Equilibrista
sobre a corda, entre a vida e o desatino
Rio
de águas revoltas derrubando uma represa
A
poesia é o espelho entre um velho e um menino
Essa
vela que se acende... essa outra ainda acesa
Uma
tarde de verão: sombra fresca e sol a pino
Uma
llovizna de inverno acinzentando a natureza
Muito
mais que a voz, é essa alma que me pedes
Muito
além da escrita, é um algo mais profundo
Balança
em que não pesas; régua em que não medes
Fundo
de poço... (mas de poço sem ter fundo)
Um
poeta recitando, qual se fosse um Arquimedes:
Deem-me
um poema, por favor, um só...
e eu moverei o
mundo!
Martim
César
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