Por
uma noite de amor!
Armou
um fumo crioulo
Com
papelito Canário
Botou
o 'pucho' nos lábios
E
enveredou rumo ao povo
Cruzou
o arroio num vau
Bombeando
um claro de lua
Pensando
numa xirua
Para
um romance casual
Apeou
buscando consolo
No
rancho da luz vermelha
Lá
onde o padre não reza
E
o menos crente se ajoelha
A
sala... num lusco-fusco
Zunia
feito colmeia...
'Entonces'
pediu uma grapa
'Pra
móde clareá as ideia'
Esse
louco que vos falo
Era
metido a Gardel
E
se largou na Cumparsita
Ladeando
um pouco o chapéu
Levando
a prenda num tranco
Bem
livianito e marcado
Quando
escutou num relincho
Como
um versito rimado...
'Me
chamam de Marca-diabo
Mas
eu diabo não sou
A
marca eu deixo nos outros
E
diabo era o meu avô'
Durou
tão pouco seu sonho...
Mas
ovelha não é pra mato!
Soltou
a china num canto
E
contestou o desacato:
'Meu
nome é Martin Aquino
Não
temo Deus ou diabo
Não
mostre a faca, paisano
Que
o rango hoje é guisado'
E
o que era um dulce remanso
Se
fez medonha peleia
Dois
cueras cruzando adagas
Por
uma china mui feia...
Essa
história me contaram
E
eu conto por onde eu for
Dois
matreiros se mataram
Por
uma noite de amor!!!!
Martim
César
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