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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

El tiempo, el implacable, el que pasó... Pablo Milanés


Punhais do tempo

A lâmina cortou a água
Partiu em dois o meu mundo
Atrás ficou minha infância
Em frente o tempo de adulto

Mas confesso, se eu pudesse
Ficava desse outro lado
Onde viver era um sonho
E não sonhar um pecado

Nesses dias já distantes
Eu voava sem ter asas
Nesse universo infinito
Que fica em volta das casas

Hoje repleto de ausências
Me vem na alma uma imagem
A vida é tal qual um rio
Cruzando entre duas margens

Onde estarão os brinquedos
Que um dia eu tive e perdi?
Talvez no chão das areias
Dos meus rastros de guri...

Por isso nesta jornada
Já quase chegando ao fim
Recordo esse tempo lindo
Que ainda resiste em mim

Já quase na outra margem
Miro as águas na distância
E uma barca de saudade
Me leva de novo à infância...

Lá um guri, pés descalços
Corre feliz... solto ao vento...
Não sabe que esse seu mundo
Dura um segundo no tempo.



Martim César

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