Para
o que chamo de pago
O
pago que eu trago em mim
Chegou-me
desde a infância
Das
velhas casas de estância
Ranchos
de barro e capim
Nestes
fundões do país
Onde
aprendi a importância
De
ver que só há distância
Pra
quem perdeu sua raiz
O
pago é um lugar sagrado
Que
vive dentro da gente
Que
ainda andando distante
Mesmo
sem vê-lo, se sente
E
está aqui no meu canto
Que
não é igual a nenhum
Mas
parecido a esses tantos
De
identidade comum!
O
pago que eu trago em mim
É
o sangue dos ancestrais
É
o tempo que em mim se faz
Desde
o princípio até o fim
Tendo
uma vida por meio...
É
o avô dizendo ao meu pai
Que
não descobre aonde vai
Quem
não sabe de onde veio!
O
pago é a casa paterna
Que
eu deixei algum dia...
A
mãe chamando pra dentro
Cuidando
os passos da cria
É
a terra onde eu ficarei
Envolto,
enfim, para sempre
Pra
ser não mais do que um nome
E,
talvez, de um povo... semente!
Martim
César
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