Celebração aos poetas loucos
Dou vivas a essa rebeldia
Que
as folhas vazias
Não
podem domar
A
esse voo incerto
A
um lugar tão perto
De
nenhum lugar
À
incontrolável febre
Daquele
que escreve
Poemas
ao vento
E
do inferno ao céu
Derrama
no papel
Rios
de sentimento
Celebro
os doidos da arte
E
o seu mundo à parte
Sem
regras cabais
Que
navegam sozinhos
Por
um mar de vinho
Sem
buscar um cais
Que,
mesmo sem vê-las,
Acendem
estrelas
Nas
almas feridas
E
vivem sem medo
Que
é o maior segredo
Dessa
nossa vida
Dou graças aos poetas loucos
Que
não fazem pouco
Das
palavras vãs
Que
rompem as grades
Para
a claridade
Do
sol das manhãs
Que
cultuam versos
Nesse
universo
Do
céu interior
Que
vivem de sonhos
E,
às vezes, tristonhos
Se
matam de amor Martim César
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