www.martimcesar.com.br

terça-feira, 19 de março de 2013

Quem beberá na cacimba Onde saciei minha sede? Quem se embalará na rede Que, ao vento, balança ainda?


 

Entre charlas e poemas


Eu faço minha poesia
Feito quem busca pros dias
Estrelas da noite imensa
Assim encontro sentido
A este ser dividido
Entre o que é e o que pensa

Escrevo em qualquer papel
As frases desse mundéu
Onde enredei meu viver
Assim as horas mais vãs
São como o sol das manhãs
Que tudo invade ao nascer

De mim, restará o que digo
Numa canção ou num livro
Nalguma história de amor...
Mas não me creiam deveras
Minha verdade mais séria
É o meu olhar sonhador

O universo que eu toco
Em meio a charlas e copos
Nas minhas noites insones
É essa luz que me ensina
Que a chama que me ilumina
Também me queima e consome

Andar... eu ando e andando
Eu vejo o mundo rodando
E nele eu sigo, à deriva
Cumprindo o eterno dilema:
Saber que o maior poema
É sempre menor que a vida
Martim César

Nenhum comentário:

Postar um comentário