À
deriva
Quem
saberá o que somos na verdade?
Segundos,
poeira, gotas, grãos de areia...
Chama
que ao vento um dia se incendeia
E
ao apagar-se deixa cinzas de saudade.
Quem
saberá se somos sonho ou realidade?
Se
somos fantasia de alguma mente alheia,
Se
fazemos parte do enredo de uma teia,
Ou
se somos só acaso, vidas sem finalidade?
Quem
saberá?... Se do saber pouco nos cabe,
Se
a esse ser que tudo fez e (por isso) tudo sabe,
Nenhum
ser vivo o verá, enquanto viva?...
Se
a mesma luz que ilumina é a que cega,
Se
toda fé nos pede sempre a nossa entrega,
Se
o tempo é um oceano e nele estamos à deriva?!
Martim
César
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