Balada
para um dia de julho
Eu
me lembro muito bem que era julho
De
uma tarde de um inverno muito frio
E
eu tinha a mente adolescente
Cheia
de sonhos e incoerente
E
um coração ainda vazio
Eu
me lembro muito bem que de repente
Veio
chegando assim sem ter porquê
O
futuro a dizer que era tempo...
A
justa hora e o momento
De
escolher o que eu queria ser
E
eu, na verdade, só sabia
Recitar
alguns poemas
Pra
um romance de cinema
Que
ninguém queria ver
E
eu - de certeza - só queria
Era
dedilhar meu violão
E
poder mostrar-te essa canção
Que
eu jamais pude escrever
E,
assim, cresci sem entender
Por
que ninguém nunca entendia
Que,
afinal, o que eu queria
Era
somente não crescer...
“Já
sei que um dia tudo acaba
Mas
no final da minha estrada
Vou
seguir querendo mais...
E direi sempre
Para quem não me compreende
Para quem não me compreende
Que
o meu tempo não se prende
No
relógio dos normais!”
Martim
César
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