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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

El tiempo, el implacable, el que pasó... Pablo Milanés




Balada para um dia de julho

Eu me lembro muito bem que era julho
De uma tarde de um inverno muito frio
E eu tinha a mente adolescente
Cheia de sonhos e incoerente
E um coração ainda vazio

Eu me lembro muito bem que de repente
Veio chegando assim sem ter porquê
O futuro a dizer que era tempo...
A justa hora e o momento
De escolher o que eu queria ser

E eu, na verdade, só sabia
Recitar alguns poemas
Pra um romance de cinema
Que ninguém queria ver

E eu - de certeza - só queria
Era dedilhar meu violão
E poder mostrar-te essa canção
Que eu jamais pude escrever

E, assim, cresci sem entender
Por que ninguém nunca entendia
Que, afinal, o que eu queria
Era somente não crescer...

“Já sei que um dia tudo acaba
Mas no final da minha estrada
Vou seguir querendo mais...
E direi sempre 
Para quem não me compreende
Que o meu tempo não se prende
No relógio dos normais!”


Martim César


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