Poema a ser reescrito
Quando
me busco por dentro
No
poço fundo de mim
Sem
rumo e insone me perco
Preso
num enredo sem fim
Quem
saberá o segredo
Dos
medos que eu já não nego?
(Qual
luz que habita o silêncio
da
imensa noite dos cegos)
Eu
queria uma alma serena
(Que
só na infância se tem!)
Um
papel esperando um poema
Sem
saber qual o verso que vem
Eu
queria uma vida reescrita...
Pra
outra vez sentir a emoção
Da
magia sem par dessa hora
Em
que nasce uma nova canção
Por
tantas vezes no escuro
Em
mil lembranças me acendo
Mas
- ao despertar-me - descubro...
Não
há um regresso no tempo!
Segue
a vida sempre em frente
-
um livro a buscar seu final -
Qual
barco que vai na corrente
Já
quase chegando ao mar...
Martim
César
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