O mar de Alfonsina
Hoje eu quero o mar de Alfonsina
Um poema em corais ao sul sangrando
Vida em cena que acena e se termina
Mas se eterniza em estrelas naufragando
Uma flor que por amor em vão germina
E que decide - nesse ato - onde e quando
Pois um oceano é toda alma feminina
Um copo cheio a cada gota transbordando
Podes dormir, pois essas algas são lençóis
Deixa que a lâmpada eu a apago mansamente
E se ele chamar eu só direi que não estás...
Se quer te ouvir que ouça o mar dos caracóis
E se quer te ver que veja o mar ao sol poente
Mas se quer te amar, eu só direi: tarde demais!
Mas se quer te amar,amor, direi
.........................................................que a deixe em paz!
Martim César
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