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segunda-feira, 28 de março de 2011

Sou essa flor perdida que brota nas tuas margens, humilde e silenciosa, todas as primaveras. Alfonsina Stormi




O mar de Alfonsina


Hoje eu quero o mar de Alfonsina

Um poema em corais ao sul sangrando

Vida em cena que acena e se termina

Mas se eterniza em estrelas naufragando


Uma flor que por amor em vão germina

E que decide - nesse ato - onde e quando

Pois um oceano é toda alma feminina

Um copo cheio a cada gota transbordando


Podes dormir, pois essas algas são lençóis

Deixa que a lâmpada eu a apago mansamente

E se ele chamar eu só direi que não estás...


Se quer te ouvir que ouça o mar dos caracóis

E se quer te ver que veja o mar ao sol poente

Mas se quer te amar, eu só direi: tarde demais!


Mas se quer te amar,amor, direi

.........................................................que a deixe em paz!


Martim César

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