www.martimcesar.com.br

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Maldigo la poesía concebida como un lujo cultural por los neutrales que, lavándose las manos, se desentienden y evaden. Gabriel Celaya

Foto: Alan Otto Redu



Tempos e templos

Ó mãe...
Eu vi uma criança carregando outra
E juro não entendo tanta vida solta
É tanta religião e tá faltando Deus

Ó mãe...
Imaginei a vida um pouco diferente
A gente era, enfim, igual a toda gente
A fome uma palavra que o mundo esqueceu.

Ó mãe...
Me explica o que não cabe no meu pensamento
Pessoas mais pessoas rezando nos templos
Mas fora, na calçada, lavam suas mãos.

Ó mãe...
Eu sei que talvez seja só um desvario
Mas já não me emocionam discursos vazios...
Que mostrem em seus atos se são mesmo cristãos!

Ó mãe...
Não venham que é mais fácil seguir a corrente
Por algo o ser humano tem na sua mente
A força de escolher o destino a seguir.

Ó mãe...
Despertar não é o mesmo que estar desperto!
Há tantos que não vêem de olhos abertos
Que pode somar mais quem sabe dividir.

“Ó mãe...
Eu vi uma criança carregando outra
E juro não entendo tanta vida solta
É tanta religião e tá faltando Deus”

Martim César

Nenhum comentário:

Postar um comentário