As mãos deste país
Nessas mãos rudes do barro, calejadas da capina
Da colheita que ensina que o trabalho ainda compensa
Nessas mãos que cumprimentam com vigor a um companheiro
Na franqueza do obreiro que constrói o seu lugar
Nessas mãos duras da lida, preparando a vida
Sulcando lavouras...
Vai nascendo a semente que brotando gera
No ventre da terra a estação vindoura
Nessas mãos sangra o suor que enriquece o solo
Madurando o sol que ainda está por vir
Nessas mãos marcadas de lama e salitre
De sonhos rurais, de seiva e raiz...
É nessas mãos caladas, mãos abandonadas
Que germina a paz, pois nelas se faz
este meu país!
Nessas mãos quarteadas de enfrentar geadas
Brandindo a enxada, plantando o futuro
Nessas mãos sofridas, ilhadas, escondidas
Trabalhando quietas na imensidão...
É nessas mãos humildes dessa gente simples
Que ainda resiste a força do meu chão!
Martim César
Nenhum comentário:
Postar um comentário