Na
sombra de um cinamomo
Chegou
num baio ruano
Apeou
na porta da venda
Deu
um buenas tardes paisano
O
resto é causo e legenda
Havia
um tobiano gateado
No
cinamomo de em frente
Amarrou
o baio ao seu lado
Mirou-lhe
a marca somente
Lá
dentro um jogo de truco
Corria
frouxo nas vazas...
Mas
a chegada do intruso
Foi
como azeite nas brasas
Um
maleva na campanha
Se
conhece pelo cheiro...
Pediu
uma dose de canha
E
disse pra o bolicheiro:
Hoje
minha adaga convida
A
jogar de mano e à morte...
É
que na vaza da vida
Nem
todo mundo tem sorte!
Se
ouviu o retruco de pronto
Trovão
no oco da tarde!
'Já
esperava este encontro
Veremos
quem é covarde!'
O
outro não era um maula
Mas
não era bueno tampouco
Dois
tigres numa só jaula...
Se
mesmo o campo era pouco!
Restou
um pingo solito
Na
sombra do cinamomo
Por
certo já estava escrito...
Que
um ficaria sem dono!
Martim
César
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