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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Quando uma estrela cai no escurão da noite... Almir Sater




Viola em beira de rio

Eu vejo pela janela
Um céu de estrelas lá no pesqueiro,
Feito um costeiro à espera
Da primavera que ainda não veio.

A lua, sempre tão bela,
Segue em silêncio atrás do luzeiro,
E eu, com saudades dela,
Cantei ausências o ano inteiro!

Sigo tocando canções,
Olhando as águas que lá se vão
Talvez pedindo passagem
Só deixo nas margens minha solidão.

Uma canoa navega
A noite inteira em seu passo lento,
Atada na corticeira,
Sair da beira é ilusão do vento.

O rio que corre lá fora
Levou embora o amor primeiro
Um salso por ela chora
Ouvindo as mágoas de um violeiro!


Martim César


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