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terça-feira, 24 de julho de 2012

Yo era el rey de ese lugar, aunque muy bien no lo conocía... Sui Generis



Recuerdos de Santa Bárbara

Lá no terreiro do fundo
Fiz a minha cruz de sal
Que desde que o mundo é mundo
Sempre espantou temporal
Mas desta vez não me iludo
Santinha, não leve a mal!

Dona Lola, benzedeira
Me diz que se as nuvens negras
Correm do mar para a terra
Larga os bois e foge dela
Mas se vão da terra pro mar
Pega os bois e vai lavrar

Santa Bárbara me salve
De um tempo medonho assim
Antes que o mundo se acabe
A balde, diante de mim
E o céu inteiro desabe
Num aguaceiro sem fim

Nessas horas de tormenta
Sempre volto a ser piá
Lembrando das corredeiras
Depois do tempo escampar
Com barcos de corticeira
Correndo entre os quintais...

Santa Bárbara... lembrança
Dos meus avôs, dos meus pais
Retratos que na distância
Hoje estão longe demais...
Os temporais da minha infância
Estes ventos não trazem mais

Martim César

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