ANJINHO DE ASAS
PODRES: O CARDEAL.
A parcela do povo que tem um pouco de memoria e
miolo, estranhou a forma como o cardeal Eugenio Sales foi retratado no velório
pelas autoridades. Ele foi apresentado como um combatente contra a ditadura, que
abriu os portões da residência episcopal para abrigar os perseguidos políticos.
O prefeito Eduardo Paes, em campanha eleitoral, declarou que o cardeal "defendeu
a liberdade e os direitos individuais". O governador Sérgio Cabral e até o
presidente do Senado, José Sarney, insistiram no mesmo tema, apresentando dom
Eugênio como o campeão "do respeito às pessoas e aos direitos humanos".
Não foram só os políticos. O jornalista e acadêmico Luiz Paulo Horta escreveu que dom Eugênio chegou a abrigar no Rio "uma quantidade enorme de asilados políticos", calculada, por baixo, numa estimativa do Globo, em "mais de quatro mil pessoas perseguidas por regimes militares da América do Sul". Outro jornalista, José Casado, elevou o número para cinco mil. Ou seja, o cardeal era um agente duplo. Publicamente, apoiava a ditadura e, por baixo dos panos, na clandestinidade, ajudava quem lutava contra. Só faltou arranjarem um codinome para ele, denominado pelo papa Bento XVI como "o intrépido pastor".
Seria possível acreditar nisso, se o jornal tivesse entrevistado um por cento das vítimas. Bastaria 50 perseguidos nos contarem como o cardeal com eles se solidarizou. No entanto, o jornal não dá o nome de uma só - umazinha - dessas cinco mil pessoas. Enquanto isto não acontecer, preferimos ficar com o corajoso depoimento de Hildegard Angel, cujo irmão Stuart, foi torturado e morto pelo Serviço de Inteligência da Aeronáutica. Sua mãe, a estilista Zuzu Angel, procurou o cardeal e bateu com a cara na porta do palácio episcopal.
Segundo Hilde, dom Eugênio "fechou os olhos às maldades cometidas durante a ditadura, fechando seus ouvidos e os portões do Sumaré aos familiares dos jovens ditos "subversivos" que lá iam levar suas súplicas, como fez com minha mãe Zuzu Angel (e isso está documentado)". Ela acha surpreendente que os jornais queiram nos fazer acreditar "que ocorreu justo o contrário!".
Não foram só os políticos. O jornalista e acadêmico Luiz Paulo Horta escreveu que dom Eugênio chegou a abrigar no Rio "uma quantidade enorme de asilados políticos", calculada, por baixo, numa estimativa do Globo, em "mais de quatro mil pessoas perseguidas por regimes militares da América do Sul". Outro jornalista, José Casado, elevou o número para cinco mil. Ou seja, o cardeal era um agente duplo. Publicamente, apoiava a ditadura e, por baixo dos panos, na clandestinidade, ajudava quem lutava contra. Só faltou arranjarem um codinome para ele, denominado pelo papa Bento XVI como "o intrépido pastor".
Seria possível acreditar nisso, se o jornal tivesse entrevistado um por cento das vítimas. Bastaria 50 perseguidos nos contarem como o cardeal com eles se solidarizou. No entanto, o jornal não dá o nome de uma só - umazinha - dessas cinco mil pessoas. Enquanto isto não acontecer, preferimos ficar com o corajoso depoimento de Hildegard Angel, cujo irmão Stuart, foi torturado e morto pelo Serviço de Inteligência da Aeronáutica. Sua mãe, a estilista Zuzu Angel, procurou o cardeal e bateu com a cara na porta do palácio episcopal.
Segundo Hilde, dom Eugênio "fechou os olhos às maldades cometidas durante a ditadura, fechando seus ouvidos e os portões do Sumaré aos familiares dos jovens ditos "subversivos" que lá iam levar suas súplicas, como fez com minha mãe Zuzu Angel (e isso está documentado)". Ela acha surpreendente que os jornais queiram nos fazer acreditar "que ocorreu justo o contrário!".
Raul Elwanger - Gazeta dos tolos
Yo
nunca fui a la guerra
Yo
nunca fui a la guerra
La
guerra es que vino a mí
Y
me dijeron que defendiera
Con
mi bandera y con toda gana
La
tierra noble de mi país
Pero
qué cosas que yo he pensado:
'La
tierra esa de que hablan tanto
Y
que me dijeron que era mía
Siquiera
el polvo tengo en mis manos'
Yo
nunca fui a la guerra
La
guerra es que vino a mí
Y
créamelo porque yo he visto
Bandadas
tristes de niños solos
Por
esas calles de mi país
Pero
qué cosas que yo he pensado:
'Esos
que velan por nuestros sueños
Cuando
uno pide también la tierra
Resulta
siempre que son sus dueños'
Yo
nunca fui a la guerra
La
guerra es que vino a mí
Y
me contaron que pa' los pobres
Dios
regalaba un cielito claro
Donde
la gente iba a ser feliz
Pero
qué cosas que yo he pensado:
'El
cielo ese que es muy bonito...
?Porque
el señor siendo así tan bueno
Aquí
en la Tierra le dió a los ricos?'
Yo
nunca fui a la guerra, hermano
La
guerra esa... es que vino a mí.
Martim
César
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