Disse um poeta a um cantor
Disse um poeta a um cantor
Passe algum dia por casa
Dê
um descanso pras asas
De
Serafim voador
Visite
este sonhador
Que
sempre lhe teve apreço
Há
coisas que só têm preço
E
outras que têm valor
Neste mundo de excluídos
Cantores são aves raras
Que trazem auroras claras
Pra tantos céus poluídos
E quando às vezes perdidos
Buscando um fim no universo...
Encontram no próprio verso
Sua direção e sentido!
Há tanta gente carente
Cantores são aves raras
Que trazem auroras claras
Pra tantos céus poluídos
E quando às vezes perdidos
Buscando um fim no universo...
Encontram no próprio verso
Sua direção e sentido!
Há tanta gente carente
Por
esse mundo de Deus
Crença
na voz dos ateus
Descrença na voz dos crentes
Saudade de quem pressente
O que não pode entender
Que só se pode perder
O que jamais foi da gente.
O cantor tem por destino
Ser a
palavra do povo
Trazer o antigo pro novo
Trazer pro velho, o menino
Para o normal, desatino
E para o doido, coerência
E para todos consciência
De um tempo mais cristalino.
Trazer o antigo pro novo
Trazer pro velho, o menino
Para o normal, desatino
E para o doido, coerência
E para todos consciência
De um tempo mais cristalino.
Há tanta ilusão perdida
Dentro da alma dos homens
Um pão que não mata fome
Quando a ninguém se convida
Qual
água de um rio contida
Na
opressão da represa
Onde
a maior correnteza
Se
torna um poço sem vida.
Martim César
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