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quinta-feira, 31 de março de 2011
E uma vez lançada, a palavra voa irrevogável. Horacio
Entre San Juan y Mendoza
Minha vida (que ainda resiste meio assim a contragosto)
Parece um filme esperado que afundou no seu enredo
Entre San Juan y Mendoza se perdeu por um desgosto
Abriu asas para o vôo, porém fechou-as por ter medo
Cambaleante desde a gema, como tantas que conheço
Presunçosa de um destino que jamais se revelou
Se a sorte a andou buscando não achou seu endereço
Ou se um dia esteve nele, viu que o dono se mudou
Minha vida... essa pouca! -a que eu sonhei ser infinita-
Hoje caminha mendicante em algum beco sem saída
Qual fantasma de Carlitos de uma história mal escrita
Um Gran Finale não encontra... e já é a hora da partida!
Inseto frágil preso à teia (que mais se prende se se agita)...
E não há nem mesmo um remetente para uma carta suicida.
Martim César
quarta-feira, 30 de março de 2011
Si alguna vez he canta'o frente a panzudos patrones,he picanea'o las razones profundas del pobrerío:yo no traiciono a los míos por palmas ni patacones
Atahualpa Yupanqui

Um quadro de sol
Na moldura da parede
Não pode matar a sede
De quem bebeu horizontes
Um rumor de fontes
Cantando ainda no ouvido
Faz galopar os sentidos
Mas não lhe traz liberdade
Detrás da opressão das grades
Na sina igual a de tantos
O campeiro sonha o campo
Sem ter nem mesmo a cidade
Não tinha terra e nem nome
Só a piazada e a pobreza...
E a diária luta da mesa
Servida em pratos de fome
Depois é a história de sempre
Pouco importaram motivos!
Sua adaga em alheios chibos
Não foi, por certo, inocente
E hoje, em meio às estâncias,
Resta um rancho abandonado
E os seus piás extraviados
Perdidos... pelas distâncias.

Mirando um quadro de sol
Um quadro de sol
Na moldura da parede
Não pode matar a sede
De quem bebeu horizontes
Um rumor de fontes
Cantando ainda no ouvido
Faz galopar os sentidos
Mas não lhe traz liberdade
Detrás da opressão das grades
Na sina igual a de tantos
O campeiro sonha o campo
Sem ter nem mesmo a cidade
Não tinha terra e nem nome
Só a piazada e a pobreza...
E a diária luta da mesa
Servida em pratos de fome
Depois é a história de sempre
Pouco importaram motivos!
Sua adaga em alheios chibos
Não foi, por certo, inocente
E hoje, em meio às estâncias,
Resta um rancho abandonado
E os seus piás extraviados
Perdidos... pelas distâncias.
Martim César
segunda-feira, 28 de março de 2011
Sou essa flor perdida que brota nas tuas margens, humilde e silenciosa, todas as primaveras. Alfonsina Stormi

O mar de Alfonsina
Hoje eu quero o mar de Alfonsina
Um poema em corais ao sul sangrando
Vida em cena que acena e se termina
Mas se eterniza em estrelas naufragando
Uma flor que por amor em vão germina
E que decide - nesse ato - onde e quando
Pois um oceano é toda alma feminina
Um copo cheio a cada gota transbordando
Podes dormir, pois essas algas são lençóis
Deixa que a lâmpada eu a apago mansamente
E se ele chamar eu só direi que não estás...
Se quer te ouvir que ouça o mar dos caracóis
E se quer te ver que veja o mar ao sol poente
Mas se quer te amar, eu só direi: tarde demais!
Mas se quer te amar,amor, direi
.........................................................que a deixe em paz!
Martim César
sexta-feira, 25 de março de 2011
A minha falha e o meu fracasso não são as minhas paixões, mas a falta de controle sobre elas.

Jack Kerouac
Overdose
Suas asas abriram-se no espaço...
Em um vôo louco, impossível.
Bebeu quimeras, fumou fantasias,
Flutuou para além da realidade.
Seus braços abriram-se no espaço
Mas eram braços jovens
(Feitos para amar, não para voar!)
Inúteis ante à força da gravidade.
Suas asas abriram-se no espaço...
Por um instante o céu foi seu...
Depois a terra... para sempre!
Martim César
quinta-feira, 24 de março de 2011
Longe de ti, tudo parou... ninguém sabe o que eu sofri. Amar é um deserto e seus temores. Djavan

La tarde en que inventamos el amor
La piel morena de tu cuerpo
Tenía el color de los cerros de mi pago
Camino indio... en luz y sombra
Misterio antiguo de un tiempo ya olvidado
Y el amor era un secreto
Que aún estaba en mis ojos ya cansados
Y que yo buscaba – viajero –
Como quien cruza un sendero jamás andado
Te quise así...
Eras el alba y yo una tarde ya sin sol
Te quise así...
Eras la luna y yo un desierto sin color
Y fuiste en mí
El cielo, el río, y el aroma de una flor...
Y fuiste en mí
Esa llama que aún arde
En esa tarde en que inventamos el amor
No hay razón en las razones
Cuando el alma estalla en cantos de chicharra
Las palabras ya no explican
Porque la vida baila al compás de mil guitarras
Otra vida empezó en esa tarde
En que temblando yo te di el primer beso
Y entonces descubrí... ¡lunita mía!
Que la vida,mi amor... ¡la vida es eso!
Diego Müller/Martim César
La piel morena de tu cuerpo
Tenía el color de los cerros de mi pago
Camino indio... en luz y sombra
Misterio antiguo de un tiempo ya olvidado
Y el amor era un secreto
Que aún estaba en mis ojos ya cansados
Y que yo buscaba – viajero –
Como quien cruza un sendero jamás andado
Te quise así...
Eras el alba y yo una tarde ya sin sol
Te quise así...
Eras la luna y yo un desierto sin color
Y fuiste en mí
El cielo, el río, y el aroma de una flor...
Y fuiste en mí
Esa llama que aún arde
En esa tarde en que inventamos el amor
No hay razón en las razones
Cuando el alma estalla en cantos de chicharra
Las palabras ya no explican
Porque la vida baila al compás de mil guitarras
Otra vida empezó en esa tarde
En que temblando yo te di el primer beso
Y entonces descubrí... ¡lunita mía!
Que la vida,mi amor... ¡la vida es eso!
Diego Müller/Martim César
quarta-feira, 23 de março de 2011
Senso de humor é o sentimento que o faz rir de tudo aquilo que o deixaria louco de raiva se acontecesse com você. Barão de Itararé

Uma visita das buenas
Estava eu assim debalde
E um morto me apareceu
Dizendo que ‘agora é tarde
Só vim cobrar o que é meu!’
Logo eu que tenho medo
De tudo que é assombração
E um morto fazendo cena
Como querendo atenção
Pensei pra mim que era trote
- Brincadeira de mau gosto! -
Eu ali... bem vivo e forte
E me aparece esse encosto
Fui ao terreiro mais perto
Recorrer a um pai-de-santo
Que me disse: ‘fica esperto
Ou é mandinga ou quebranto!
Não é coisa de outro mundo..
Ou é... mas não perde a calma
Olha um espelho e eu te juro
Vais dar descanso a essa alma’
Por fim descobri o motivo...
O desfecho me surpreendeu:
O morto é que era o vivo
Quem estava morto era eu!
Martim César
terça-feira, 22 de março de 2011
A lua furando o nosso zinco salpicava de estrelas nosso chão...

Silvio Caldas
A sétima vez
Eu ontem morri de novo
E foi a sétima vez
Mas amanhã eu não morro
Ao menos não neste mês
Só se for nalgum domingo
Com dia pleno de luz
Mas não me peguem pra Cristo
Que não me agrada uma cruz
E que seja um tiro certeiro...
- ato de extrema paixão -
Talvez de um amor caborteiro
Que quis bandear-se de mão
Eu ontem morri de novo
Mas hoje morro mais não
É triste morrer tão moço
Faz mal pra o meu coração
Só se for de madrugada
E em frente à janela tua
Por querer dar serenata
Sob a luz clara da lua
Que venha enfim o punhal
Pra o morrer definitivo
Que está pegando tão mal
Morrer de amor... e estar vivo!
Martim César
Eu ontem morri de novo
E foi a sétima vez
Mas amanhã eu não morro
Ao menos não neste mês
Só se for nalgum domingo
Com dia pleno de luz
Mas não me peguem pra Cristo
Que não me agrada uma cruz
E que seja um tiro certeiro...
- ato de extrema paixão -
Talvez de um amor caborteiro
Que quis bandear-se de mão
Eu ontem morri de novo
Mas hoje morro mais não
É triste morrer tão moço
Faz mal pra o meu coração
Só se for de madrugada
E em frente à janela tua
Por querer dar serenata
Sob a luz clara da lua
Que venha enfim o punhal
Pra o morrer definitivo
Que está pegando tão mal
Morrer de amor... e estar vivo!
Martim César
segunda-feira, 21 de março de 2011
Durar não é estar vivo... viver é outra coisa. Mercedes Sosa

Fonte: Cultural - el País
Sabina inició en Tucumán su gira por Sudamérica
El cantor rindió homenaje a la gran "Negra" Sosa.
El cantautor español Joaquín Sabina inició en Argentina la noche del viernes su tour El Penúltimo Tren, con un masivo recital que incluyó un homenaje a Mercedes Sosa en Tucumán, ciudad natal de la cantante fallecida en octubre de 2009. El espectáculo había sido anunciado en principio para el día jueves 17, pero el mal tiempo (llovió durante buena parte de la jornada) obligó a su postergación.
Gente que llegó a Tucumán el día originalmente anunciado debió enfrentar algunas dificultades (pasar la noche en la ciudad, no ir al día siguiente al trabajo), pero casi todos quienes asistieron a la presentación de Sabina aseguraron a la salida que la espera había valido la pena.
"Ustedes pensarán que es un concierto más, pero no lo es. Pisar la Argentina no es nada parecido a una rutina y estar por primera vez en un escenario de Tucumán es muy emocionante", aseguró Sabina. Tiramisú de limón fue el tema elegido para comenzar el show en el anfiteatro Monumental, en la capital tucumana (1.300 km al norte), ante un auditorio que disfrutó de los veintiséis temas elegidos por el cantautor español, entre una selección de viejos éxitos y nuevas canciones.
Para recordar a Mercedes Sosa, el artista cantó parte de Luna Tucumana, una zamba del legendario compositor y ejecutante Ata- hualpa Yupanqui que solía cantar `La Negra`.
"Yo la quería y la admiraba", dijo Sabina sobre la artista y contó que la última vez que se vieron en Buenos Aires ella le pidió la canción Violetas para Violeta.
Las presentaciones de Sabina continuarán este fin de semana con recitales en las ciudades de Bahía Blanca y Mar del Plata y luego en Buenos Aires, Rosario y Córdoba (centro).
Sabina continuará luego su gira por Uruguay, donde tiene previsto ofrecer el 29 un recital en Montevideo. (BASADO EN AGENCIAS)
Sabina inició en Tucumán su gira por Sudamérica
El cantor rindió homenaje a la gran "Negra" Sosa.
El cantautor español Joaquín Sabina inició en Argentina la noche del viernes su tour El Penúltimo Tren, con un masivo recital que incluyó un homenaje a Mercedes Sosa en Tucumán, ciudad natal de la cantante fallecida en octubre de 2009. El espectáculo había sido anunciado en principio para el día jueves 17, pero el mal tiempo (llovió durante buena parte de la jornada) obligó a su postergación.
Gente que llegó a Tucumán el día originalmente anunciado debió enfrentar algunas dificultades (pasar la noche en la ciudad, no ir al día siguiente al trabajo), pero casi todos quienes asistieron a la presentación de Sabina aseguraron a la salida que la espera había valido la pena.
"Ustedes pensarán que es un concierto más, pero no lo es. Pisar la Argentina no es nada parecido a una rutina y estar por primera vez en un escenario de Tucumán es muy emocionante", aseguró Sabina. Tiramisú de limón fue el tema elegido para comenzar el show en el anfiteatro Monumental, en la capital tucumana (1.300 km al norte), ante un auditorio que disfrutó de los veintiséis temas elegidos por el cantautor español, entre una selección de viejos éxitos y nuevas canciones.
Para recordar a Mercedes Sosa, el artista cantó parte de Luna Tucumana, una zamba del legendario compositor y ejecutante Ata- hualpa Yupanqui que solía cantar `La Negra`.
"Yo la quería y la admiraba", dijo Sabina sobre la artista y contó que la última vez que se vieron en Buenos Aires ella le pidió la canción Violetas para Violeta.
Las presentaciones de Sabina continuarán este fin de semana con recitales en las ciudades de Bahía Blanca y Mar del Plata y luego en Buenos Aires, Rosario y Córdoba (centro).
Sabina continuará luego su gira por Uruguay, donde tiene previsto ofrecer el 29 un recital en Montevideo. (BASADO EN AGENCIAS)
sexta-feira, 18 de março de 2011
Sai-me dos dedos a carícia sem causa,sai-me dos dedos...no vento,ao passar,a carícia que vaga sem destino nem fim,a carícia perdida,quem a recolherá?
Alfonsina Stormi


Flor de Irupê
A noite estrelada banhou a tua pele morena
E a noturna melena onde cavalgam segredos
À flor d’água navegas, tão distante e serena
Que minh’alma pequena, de tocar-te, tem medo
Suave flor dos remansos, aroma de vida
Tens em ti refletida toda a luz do luar
Tua lágrima clara fez-se estrela cadente
A cair para sempre dentro do meu olhar
Diz a lenda que, um dia, por amar tanto a lua
A querias tão tua que a buscavas... em vão
E que ao vê-la em um lago, banhando-se nua
Mergulhaste, e as duas são iguais desde então
Irupê, flor menina, em tuas águas, imerso
Te ofereço os meus versos, tão singelos assim
Mas que posso mais dar-te, se o meu universo
É estes sonhos dispersos de querer-te pra mim
Mais que o sol das manhãs revelando outro dia
A tua imagem irradia todo o lume que há
Já não temo do inverno, a sua noite mais fria
Teu olhar me anuncia que a primavera virá
Martim César
A noite estrelada banhou a tua pele morena
E a noturna melena onde cavalgam segredos
À flor d’água navegas, tão distante e serena
Que minh’alma pequena, de tocar-te, tem medo
Suave flor dos remansos, aroma de vida
Tens em ti refletida toda a luz do luar
Tua lágrima clara fez-se estrela cadente
A cair para sempre dentro do meu olhar
Diz a lenda que, um dia, por amar tanto a lua
A querias tão tua que a buscavas... em vão
E que ao vê-la em um lago, banhando-se nua
Mergulhaste, e as duas são iguais desde então
Irupê, flor menina, em tuas águas, imerso
Te ofereço os meus versos, tão singelos assim
Mas que posso mais dar-te, se o meu universo
É estes sonhos dispersos de querer-te pra mim
Mais que o sol das manhãs revelando outro dia
A tua imagem irradia todo o lume que há
Já não temo do inverno, a sua noite mais fria
Teu olhar me anuncia que a primavera virá
Martim César
quinta-feira, 17 de março de 2011
Tudo o que acontece uma vez pode nunca mais acontecer, mas tudo o que acontece duas vezes, acontecerá certamente uma terceira. Provérbio árabe

Caminhos do tempo infindo
Dos Mouros eu trago o semblante moreno
E o destino estradeiro de andar mundo afora
Da Ibéria meu canto e o calor do meu sangue
E do Pampa até os Andes, minha viva memória
Don Quijote ainda singra as planuras de Espanha
Rumo a outras façanhas junto ao seu escudeiro
Onde El Cid renasce e entre o amor e a bravura
Faz reinar a ternura no coração de um guerreiro
Sou raiz de uma história que carrego no olhar
Sou um pouco de mar, e outro tanto de terra
Sou montanha, sou serra e o sem fim do deserto
Eu sou também campo aberto, rio do tempo a passar.
Saladino unifica as suas mil tribos dispersas
E aos quatro ventos professa a vontade de Alá
Os Cruzados carregam suas bandeiras cristãs
E entre a cruz e o Islã, só quem perde é a paz
Morre a raça Ameríndia sem direito ao futuro
E entre cercas e muros vai um povo sem terra
Quero a voz de outro mundo, do começo até o fim
Há um menino hoje em mim, já cansado de guerra
Martim César
Dos Mouros eu trago o semblante moreno
E o destino estradeiro de andar mundo afora
Da Ibéria meu canto e o calor do meu sangue
E do Pampa até os Andes, minha viva memória
Don Quijote ainda singra as planuras de Espanha
Rumo a outras façanhas junto ao seu escudeiro
Onde El Cid renasce e entre o amor e a bravura
Faz reinar a ternura no coração de um guerreiro
Sou raiz de uma história que carrego no olhar
Sou um pouco de mar, e outro tanto de terra
Sou montanha, sou serra e o sem fim do deserto
Eu sou também campo aberto, rio do tempo a passar.
Saladino unifica as suas mil tribos dispersas
E aos quatro ventos professa a vontade de Alá
Os Cruzados carregam suas bandeiras cristãs
E entre a cruz e o Islã, só quem perde é a paz
Morre a raça Ameríndia sem direito ao futuro
E entre cercas e muros vai um povo sem terra
Quero a voz de outro mundo, do começo até o fim
Há um menino hoje em mim, já cansado de guerra
Martim César
quarta-feira, 16 de março de 2011
Me moriré en París con aguacero, un día del cual tengo ya el recuerdo. Cesar Vallejo (poeta peruano)
Aznavour, como tudo passou
Ela era tão linda
Como um céu de verão
E a mais bela canção
E o mar...
no amanhecer
Ela era tão linda
Como chanson do Aznavour
E o cruzeiro do Sul
E o mar...
ao entardecer
C’est triste Venice
Como o tempo passou?!
E ela era tão linda
Que eu às vezes ainda
Imagino nós dois...
Aznavour...
Como tudo passou?!...
E ela era tão linda
Que eu não sei bem ainda
Se era sonho ou amor
(Aznavour... se era sonho ou amor)
Ela era tão linda
Como a casa da infância
O luar na distância
E o sol...
no amanhecer
Ela era tão linda
Como um dia feliz
Primavera em Paris
E o sol...
ao entardecer
Ela era tão linda
Como um céu de verão
E a mais bela canção
E o mar...
no amanhecer
Ela era tão linda
Como chanson do Aznavour
E o cruzeiro do Sul
E o mar...
ao entardecer
C’est triste Venice
Como o tempo passou?!
E ela era tão linda
Que eu às vezes ainda
Imagino nós dois...
Aznavour...
Como tudo passou?!...
E ela era tão linda
Que eu não sei bem ainda
Se era sonho ou amor
(Aznavour... se era sonho ou amor)
Ela era tão linda
Como a casa da infância
O luar na distância
E o sol...
no amanhecer
Ela era tão linda
Como um dia feliz
Primavera em Paris
E o sol...
ao entardecer
Martim César
terça-feira, 15 de março de 2011
Verás que todo es mentira, verás que nada es amor... que al mundo nada le importa... yira...yira..! Enrique Santos Discépolo

Nada más azul
Nada más azul/ que este cielo
Montevideo/ un río en vuelo
Espejo ardiendo/ en plena luz
Busco tu mirada/ en el recuerdo
De una niña/ que muy lejos
Buscó el norte.../ perdió el Sur.
Ecos/ de una antigua melodía
De una casa/ en que vivían
La pobreza/ y la ilusión
Tiempos/ de maternales abrazos
Calles/ donde aún mis pasos
En sueños van/ a buscar el sol
Nada más azul/ que tu canción
Que estos recuerdos/ de vos
De viento y luz,/ de frío y mar
Nada más azul.../ si aún te veo
Igual que ayer,/ Montevideo
Cierro los ojos/ y ahí estás.
¡Mira esa luna/ sobre el puerto!
Es la misma/ y hoy ha vuelto
A alumbrar/ mi corazón
Ella sabe bien/ cómo la extraño
Aunque/ ya pasaron años
Nuestro amor/ nunca pasó.
Martim César
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