Mais além do nosso cais
São
quatro velas acesas
Rondando
uma chama ausente
E um
barco escuro e silente
Que se
vai na correnteza
Só que
essa humana viagem
Em uma
estranha embarcação
Deixa a
matéria no chão
E a alma
busca outra margem
Todos
sabemos, no fundo...
É
sempre assim o ritual:
Nascer
e morrer é igual
Em
qualquer parte do mundo
É
sempre assim o ritual
Entre
a chegada e a partida
Noutro
cais vai-se a vida
Ou,
talvez, não... afinal!
Mas quem
será o barqueiro?
Eu me
pergunto em sua escolta
E porque
jamais terá volta
Quem dele
for passageiro?
Mas
não me rendo ao jamais
Digo
pra mim... em silêncio
Olho
pra o céu e assim penso
Que
há algo além deste cais!!!
Martim
César
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