Da morte venho nascendo
Da morte venho nascendo
Cruzando
a estrada do avesso
Feito
quem vivesse o tempo
Desde
o fim até o começo
E
nessa estranha jornada
Caio
do solo até o céu
A
cabeça sob o sapato
Os
pés calçando o chapéu
E
se me chamam de louco
Por
pensar viver assim
Eu
sorrio e faço pouco
De
quem faz pouco de mim
Da
morte venho nascendo
Nadando
contra a corrente
Como
se pudesse o rio
Vir
da foz até a nascente
Se
ontem será meu futuro
Meu
amanhã já passou
Então
serei quem eu fui
Sabendo
já quem eu sou
Velho,
menino, ninguém
História
escrita e apagada
Dentro
do ventre e além
Tudo voltando a ser nada!
Martim César
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