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terça-feira, 17 de maio de 2011
A poesia não se explica, se sente. Mario Quintana
Reencontro
Um poema não é uma palavra que se perde no vento...
Fica registrado nas pedras,
Vive, respira,
Tal como um ser pensante
grita que existe.
E muito embora
Por vezes atirado em um livro qualquer
De uma biblioteca qualquer
Soterrado pela poeira do tempo
Em qualquer canto do mundo...
Quando um leitor comum
Enfim o encontra,
O poema
Limpa a poeira do seu paletó,
Olha as horas no seu relógio de bolso,
Pergunta a data,
E diz, como quem não quer nada:
‘Até que enfim... companheiro
Não sei se sabes...
Mas eu estava justamente à tua espera’.
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