(Que trata de como o nosso valoroso fidalgo enfrentou uma raça de moinhos, aliás... de gigantes, ou de gigantes disfarçados de moinhos por força de magia; e de como ao sofrer, nesse embate, um pequeno revés, ainda assim não se deu por derrotado)
O fidalgo ante os moinhos
Quem poderia opor-se à insana fúria dos gigantes
Senão o mais bravo de todos os cavaleiros andantes
O mais valente fidalgo que já cruzou estes caminhos?
Que lhe importa se a magia de um malvado feiticeiro
Vom seus ardis, desvirtue o olhar do mundo inteiro
Para que ninguém veja nada mais do que moinhos?
Os séculos que virão hão de lembrar sempre do dia
Em que o heróico cavaleiro, com destreza e galhardia
Enfrentou o mais feroz e mais temível dos gigantes
E se afirmarem que viu-se derrotado em seu intento
Que eram apenas moinhos impulsionados pelo vento
Há de ser pela magia que iludiu também a Cervantes!
Martim César
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