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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Como mortal que sou, sei que nasci por um dia. Mas, quando sigo à minha vontade a densa multidão de estrelas no seu curso circular, os meus pés deixam de tocar a Terra. Ptolomeu



(Que trata de como o nosso valoroso fidalgo enfrentou uma raça de moinhos, aliás... de gigantes, ou de gigantes disfarçados de moinhos por força de magia; e de como ao sofrer, nesse embate, um pequeno revés, ainda assim não se deu por derrotado)

O fidalgo ante os moinhos


Quem poderia opor-se à insana fúria dos gigantes
Senão o mais bravo de todos os cavaleiros andantes
O mais valente fidalgo que já cruzou estes caminhos?


Que lhe importa se a magia de um malvado feiticeiro
Vom seus ardis, desvirtue o olhar do mundo inteiro
Para que ninguém veja nada mais do que moinhos?


Os séculos que virão hão de lembrar sempre do dia
Em que o heróico cavaleiro, com destreza e galhardia
Enfrentou o mais feroz e mais temível dos gigantes


E se afirmarem que viu-se derrotado em seu intento
Que eram apenas moinhos impulsionados pelo vento
Há de ser pela magia que iludiu também a Cervantes!


Martim César

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