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segunda-feira, 10 de março de 2014

Ando devagar por que já tive pressa... Renato Teixeira/Almir Sater



Sob uma cruz de madeira


Há uma cruz junto à estrada
Feito um triste monumento
A mostrar que a vida é um nada
Não mais que um sopro no vento

A quem pertence... o que importa?
É uma a mais de outras tantas
Esperança e madeira já mortas
Num pássaro que já não canta

Partiu-se ao meio um destino
...errou o sentido da seta!
Foi mais um que - em desatino -
Fez de uma curva uma reta

Fica um vazio tão imenso
Que nenhum poeta descreve
Resta um olhar de silêncio...
Que a terra lhe seja leve!

Há uma cruz junto à estrada
Rodeada de algumas flores
É a morte, enfim, enfeitada
Pois também tem suas cores...

E assim se vai tanta gente
Vidas perdidas na poeira
Sonhos desfeitos... pra sempre!
Sob uma cruz de madeira!



Martim César

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