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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A pedido do amigo Alan Otto



De barro e luz

                                          Jeito de rio

Meu canto, como tantos
Tem em si

Navegador
Nos versos que o universo
Pôs em mim

O mesmo rio
Que embalou a minha infância
Ainda em flor

E hoje me vê
Em suas margens na idade
Do sol-pôr

                                         Chegando ao fim

Vai minha vida como um barco
Rumo ao cais

De barro e luz
Na essência todo homem
Sempre será

De barro e luz
Depois só luz...(talvez só luz)
E nada mais!!!


Martim César

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