
Pelas
veias de Galeano
Das
mil veias de Galeano correm rios de poesia
Mas
não são águas serenas sobre o sul do continente
São
cursos de água profundos, da triste cor da sangria
Memória
gravada em fogo na alma da nossa gente
São
dias de amor e guerra, relatos dos esquecidos
Dos
que entregaram suas vidas por um sonho libertário
Num
mundo ponta-a-cabeça de tantos homens vencidos
E
uns poucos movendo os fios de posses, regras e horários
Para
que serve a utopia?... Sempre hão de perguntar
Se
quando estamos bem perto, ela já está mais além
Para
que serve a utopia? Se não a alcança ninguém...!
Tu
nos ensinaste, Galeano... serve para caminhar!!!
E
se a vida não é isso, o que a vida, enfim, será?
O
que nos faz seguir em frente sempre é o nosso sonhar!
Das
mil veias de Galeano nascem mares turbulentos
Mas
no meio das correntes há um tempo para abraços
Frágeis flores de
esperança contra a força desses ventos
Que
querem o mundo girando sob a bota dos seus passos
São
mortes e nascimentos, palavras ternas e andantes
São
caminhos ameríndios, descoberta que não houve...
São
mulheres exemplares nos mostrando que o importante
É
o que fazemos da vida e não a vida que nos coube!!!
Martim César
Nenhum comentário:
Postar um comentário