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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Quando se abrem as cortinas da vida...



Canto de sol para um teatro fechado

Quantas vezes te assisti em segredo
Quando incendiavas as noites escuras
Por isso, hoje, eu te olho e não entendo...
Ah!Princesa onde está a tua cultura?

Quando de novo se abrirem tuas portas
E o riso voltar à tua gente
Mil atores saudarão tua volta
E os aplausos se ouvirão novamente

No mais sagrado altar do teu palco
Ainda ecoam antigas canções
Onde agora os fantasmas caminham
A vida sem graça já não vende ilusões...

Sete artes tem o meu universo
Sete estrofes de amor te ofereço
Quem não sabe o valor do teu verso
É por que pensa que tudo tem preço...

Era abril, eu me lembro, e cantavas
Melodias ao entardecer...
Era abril, eu me lembro, e bailavas
E uma princesa contigo sonhava
Esse sonho que eu não posso mais ter.

Quando se arredem, por fim, as cortinas
E saltimbancos pedirem por palmas
Verei mambembes, bufões, bailarinas
Trazendo à vida de novo tua alma

Então novamente estaremos contigo
Mesmo aqueles que já não estão
E outras vozes dirão que estás vivo
Não há quem pague o valor da emoção...



Martim César

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