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quinta-feira, 24 de julho de 2014

A melhor parte de mim Não quis vir quando eu vim E ainda me espera, eu sei, na estação do lugar.


O campo na parede


Eu tenho o campo na parede pendurado
Janela de um mundo que parece tão distante
Mania antiga de tentar guardar num quadro
Uma paisagem que foi nossa muito antes

Compõe a imagem o galpão bem junto às casas
Abrindo as asas, tendo ao lado um cinamomo
Pareço ainda ver que há cavaletes pelos cantos
Com seus arreios a esperarem por seus donos

Há um campo verde como os olhos que eu já tive
Verde... verde...
Verdes paisagens que mesmo a vida não dilui
Verdes... verdes...

Fecho os meus olhos e minha alma voa livre
Até o menino que há muito tempo eu fui!

Eu tenho o campo na parede pendurado
Visões de um tempo que ficou já muito longe
Mas que por dentro das retinas ainda guardo
Pra que se saiba que o meu canto vem de onde

Nestas urgências vou cumprindo meus horários
Sob os concretos dos mil bretes da cidade
Mas vez em quando paro a vida... vejo o quadro
E por ele saio a caminhar em liberdade!!!



Martim César

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