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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Uma folha em branco, uma caneta, e a mão suspensa....


Folha em branco


Como se a vida fosse uma folha em branco 
que viraste agora
E com tuas mãos, enfim, pudesses escrever 
uma nova história
Tudo por fazer, o mundo ainda tão novo 
te pedindo a escrita
A boca sussurrando a forma das palavras
que um dia serão ditas


Como se sonhasses um engenho novo 
reinventando o tempo
E desses o teu gosto e a tua assinatura, 
à arte desse invento
Horizonte aberto, o sul, o norte incertos, 
à espera dos teus passos
Na esquina em frente, a esperar a gente 
a paz de um novo abraço


Mistério de viver, o eterno renascer 
a cada novo dia
O que virá, virá, e sempre há de vir, 
o futuro não se adia!
Mas escolher a fruta boa, a canção que mais nos soa
O tom da nossa voz... o que fazer de cada dia...
Essa é a nossa poesia... isso sim... pertence a nós!

Sim... essa é a nossa poesia.... isso sim... 
pertence a nós!


Como se nascesses para um novo mundo
 neste exato instante
E as coisas simples fossem doravante 
as mais importantes
Um afago, um beijo, um abraço amigo, 
um momento a dois
Que o demais não conta, o tempo das ausências 
fica pra depois!



Martim César

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