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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Não se admire se um dia um beija-flor invadir a porta da tua casa, te der um beijo e partir... Vital Farias

Violeiro Vital Farias faz saudação ao MST na Virada Cultural em SP

17/05/2010 - MST - Mov. Trabalhadores Rurais Sem Terra - Brasil

No encerramento da Virada Cultural, em São Paulo, com o quarteto do show "Cantoria", o violeiro Vital Farias fez uma saudação ao MST, nesta noite de domingo.
Farias colocou o dirigente do MST João Pedro Stedile na lista de pessoas que contribuíram na trajetória do quarteto e com o Brasil.
Depois, o violeiro completou que o MST é o "movimento mais sério do país".
O show "Cantoria" reuniu, além de Vital Farias, Elomar, Xangai e Geraldo Azevedo.  Mais de 40 mil pessoas assistiram à apresentação, na Praça Julio Prestes, no centro da cidade.
O quarteto cantou também a música "Procissão dos Retirantes", de Martim César e Pedro Munhoz, que é militante do MST.
Essa canção venceu o 1° Festival Nacional da Reforma Agrária, realizado em Palmeira das Missões, no Rio Grande do Sul, em fevereiro de 1999.
No show, Elomar, Xangai, Vital Farias e Geraldo Azevedo revisitaram suas parcerias ao lado de pérolas do cancioneiro popular nordestino e alguns de seus sucessos enquanto artistas solo.
Há 20 anos, os quatro se reuniram em Salvador e fizeram uma histórica “Cantoria” no Teatro Castro Alves.
Para ouvir a música Procissão dos Retirantes: http://www.youtube.com/watch?v=yyihhIni-o4
Abaixo, a letra da canção.
Procissão dos Retirantes
Composição: Pedro Munhoz / Martim César
Terra Brasilis, continente,
Pátria mãe da minha gente
Hoje eu quero perguntar
Se tão grandes são teus braços,
por que negas um espaço aos que querem ter um lar? 
Eu não consigo entender
Que nesta imensa nação Ainda é matar ou morrer
Por um pedaço de chão
Lavradores nas estradas
Vendo a terra abandonada sem ninguém para plantar
Entre cercas e alambrados,
vão milhões de condenados a morrer ou mendigar
Eu não consigo entender
Achar a clara razão de quem só vive pra ter
E ainda se diz bom cristão
No Eldorado do Pará Nome índio carajás,
Um massacre aconteceu
Nesta terra de chacinas essas balas assassinas todos sabem de onde vêm
É preciso que a justiça e a igualdade sejam mais que palavras de ocasião
É preciso um novo tempo em que não seja só promessa repartir até o pão
A hora é essa de fazer a divisão
Eu não consigo entender
Que em vez de herdar um quinhão
Teu povo mereça ter só sete palmos de chão
Nova leva de imigrantes
Procissão dos retirantes
Só há terra em cada olhar Brasileiros, como nós
Vão gritando, mas sem voz, Norte a sul não têm lugar
Eu não consigo entender
que nessa imensa nação
ainda é matar ou morrer por um pedaço de chão
Pátria amada do Brasil
De quem és, ó mãe gentil, eu insisto em perguntar
Dos famintos das favelas ou dos que desviam verbas pra champagne e caviar
Eu não consigo entender
Achar a clara razão de quem só vive pra ter e ainda se diz bom cristão
(com informações da página oficial da Virada Cultural)

16 de maio de 2010

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Sala Zitarrosa - Montevideo

MÚSICA

Laura Correa trae su folklore contemporáneo 


a Montevideo

La joven de 17 años adelanta mañana en la Sala Zitarrosa su disco "Atrás del mundo".
Foto: Otávio Ferreira
vie jul 8 2016 15:02
Se presentó por primera vez ante público a los 11 años, y con 17 la cantante Laura Correa trabaja en la finalización de su primer disco,Atrás del mundo. Lo adelanta mañana desde las 21.00 en la Sala Zitarrosa con su banda y el rochense Carlos Malo como invitado, y las entradas están en venta en Tickantel y boleterías a 200 pesos.

"Este show tiene una carga emocional muy especial para nosotros porque presentamos por primera vez en Montevideo un espectáculo solamente nuestro, con un disco inédito", cuenta a El País la artista oriunda de Río Branco, que tiene también influencia brasileña.

Hasta ahora ha recorrido principalmente festivales y escenarios en el interior; el año pasado estrenó canciones de Atrás del mundo en el Festival del Olimar, y antes compartió escenario con Soledad Pastorutti en Treinta y Tres, en el festival Villa María Albina.

Dice que la han recibido "de buena manera" a pesar de su corta edad. "El trabajo que nosotros realizamos siempre ha sido muy responsable; nos enfocamos en el folclore pero con la intención de renovar. Más allá de que tratamos de estar aferrados a las raíces, tratamos de darle un toque contemporáneo", resalta Correa.
Si no puede ver el video, haga click aquí.
"También son pocas las mujeres en el género y más siendo jóvenes, podría citarte a Anita Valiente o Guadalupe Romero. Pero por suerte de un tiempo a esta parte han aparecido figuras que hacen que se renueve", destaca antes de su show.

Después de la Zitarrosa, Correa volverá a enfocarse en Atrás del mundo, disco que está en proceso de finalización y compuesto por textos del poeta fronterizo Martim César, y melodías de Paulo Timm, Federico Yacovazzo y Juan Schellemberg.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Parece algo tão comum, mas quando dois se tornam um...



O final e o infinito


Duas partes de uma arte
Separadas são vazias

Mas se um dia elas se encontram
A obra-prima já está pronta
E como é que ninguém via?

Toda porta tem sua chave
Mas a casa só se abre
Pra quem tem direito a entrar

Até a flor com menos graça
Tem um colibri que passa
E só a ela quer beijar

Duas metades imperfeitas
Quando juntas são perfeitas
Não há um quadro mais bonito

Mesmo o amor mais insensato
É um pé com seu sapato...
É um final e um infinito

Dois pedaços pelo espaço
Em uma exata sincronia

Parece algo tão comum
Mas quando dois se tornam um
Deus assina a poesia...




                                Martim César

terça-feira, 28 de junho de 2016

Música Folha em Branco vencedora em Rio Preto

Vencedores da 11ª edição do FEM - 15032016
Vencedores da 11ª edição do FEM, no domingo. Zebeto é o último à direita
A canção Folha em Branco, de Zebeto Corrêa e Martim Cesar, foi a grande vencedora da 11ª edição do Festival Nacional de MPB Vinícius Nucci Cucolichio (FEM), que terminou no domingo, em Rio Preto. A música vencedora foi apresentada no Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto pelo próprio Zebeto, que contabiliza a participação em quase 600 festivais ao longo da carreira.
‘Festivaleiro’ de carteirinha, o artista, que é de Belo Horizonte, participou do FEM pela nona vez. Antes, já tinha faturado um primeiro lugar, dois segundos e dois terceiros no evento rio-pretense. Aos 55 anos, ele trabalha com música desde os 20 anos e seu primeiro LP foi lançado em 1982. “Eu, provavelmente, sou o artista que mais participa de festivais, vou do Amazonas ao Rio Grande do Sul. A edição do FEM foi muito bonita, com destaque para a banda que acompanha os músicos no palco”, revela.
Em segundo lugar ficou a canção Fruta Lírica, assinada pelos compositores Thyone Salinas e Paulo Uchoa, de Nova Aliança. De Cabeça, do artista de Rio Preto Luis Dillah, ficou com o terceiro lugar. Dillah, que já foi premiado duas vezes no FEM - uma na 6ª edição e outra no ano passado, além de ter gravado seu DVD O Poder de Voar na final do festival de 2010 - conta que é uma alegria vencer. “Todo artista gosta de ter reconhecimento do público e também de jurados, que são profissionais e analisam cada detalhe das canções.”
Com a mesma canção, De Cabeça, Dillah ganhou o troféu Lamartine Babo - terceiro lugar do 43° Fenac, em Minas Gerais, festival que contou com mais de 3,5 mil músicas inscritas. “A composição tem me dado sorte.” Com 30 anos de carreira, Dillah é neto de violeiro e, além do DVD O Poder de Voar, tem outros dois CDs gravados, Que Nem Eu e ForróQxote. “Sou um artista que faz música popular brasileira e tenho de elogiar a noite regional do FEM, que a cada edição está mais qualificada. O nível cresce a cada edição e deixa o festival cada vez mais concorrido.”
O prêmio de melhor letra ficou com a canção Amigo dentro do Peito, de Caio Martinez, de Porto Alegre. Sua canção foi interpretada pela cantora Andrea Cavalheiro, que segundo o artista é uma talentosa profissional. Ele não pode vir para Rio Preto porque foi jurado de outro festival no estado natal. Também ‘festivaleiro’, assim como Zebeto, Martinez participou pela quarta vez do FEM e já foi premiado em festivais como Moenda da Canção, Canto da Lagoa, Tafona e Viola de Todos os Cantos.
O júri do festival foi formado pelos músicos Pedrão (Mirassol), Evandro Oliva (Rio Preto) e Mauro Zacarias (Ribeirão Preto). Eles também escolheram a melhor intérprete: Ana Paula da Silva cantando Clariô, de Alegre Corrêa e Raul Boeira, de Joinville, Santa Catarina. A 11ª edição do festival contou com 758 canções e 394 inscrições. Foram selecionadas 20 músicas, das quais 10 eram de compositores locais e regionais e 10 de artistas das demais regiões do País.
Vencedores
1º lugar
  • Folha em branco. Composição: Zebeto Corrêa e Martim Cesar; intérprete: Zebeto Correa (MG)
2º lugar
  • Fruta lírica. Composição: Thyone Salinas e Paulo Uchoa; intérprete: Thyone Salinas
3º lugar
  • De cabeça. Composição: Luis Dillah; intérprete: Luis Dillah 
Melhor letra
  • Amigo dentro do peito. Composição: Caio Martinez; intérprete: Caio Martinez (RS)
Melhor intérprete
  • Clariô. Composição: Alegre Corrêa e Raul Boeira; intérprete: Ana Paula da Silva (SC)

quinta-feira, 16 de junho de 2016

La guitarra estaba triste     (Diego Müller/Martim César)

Fue la última guitarra
Que el gitano encomendó...
Nació después de su muerte,
Por eso no la tocó.

Sangre antigua que pulsaba
En su propio corazón
No subió al escenario...
No oyó su respiración

La guitarra estaba triste
Porque nadie la tocaba...
Quisiera andar los caminos
Mostrar al mundo su alma.

Cuerdas de sangre y de luna
Rojo pañuelo en su gesto
Siglos de historia flamenca
En las manos del maestro

Fue la ultima guitarra
Que el gitano encomendó...
No pudo jamás tocarla
El tiempo no lo dejó.

Furia de toro en la arena
En un estuche enjaulada
Cuna de amor y de penas
Esperando ser libertada.

Pero dijeron que un día
La muerte se ha vuelto loca
Y esa guitarra lucía...
Con las palabras de Lorca.
 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

CD 'O Espanto', de um amigo e grande compositor: Raul Boeira.



CD 'O espanto' de Raul Boeira, segundo CD de inéditas, em parceria com a esposa Márcia Barbosa.

Link para material sobre o CD:





Contato para compra do CD: 

Raul Boeira <raulboeira@gmail.com>






Link


terça-feira, 3 de maio de 2016

Asas de pandorga



Asas de pandorga

Saio por aí, vou contra o vento
Tenho asas de pandorga
E duas luas como rodas
De uma velha bicicleta
Aos que dizem que estou doido
Pois não ando igual que todos
Sem remorso eu respondo
Não me toquem... sou poeta.

Tenho um velho guarda-chuva
Que há muito não tem pano
E um relógio sem ponteiros
Pra chegar sempre atrasado
Pois eu ando nos caminhos
Sem ter pressa de chegar
Levo a alma de menino
E um poema inacabado.

Tenho asas de pandorga
Eu sei que não podes ver...
Mas se fechares os olhos
Eu sei que tu irás saber
Que assim se pode voar
E sairás junto comigo
Sem ter medo do perigo
E a sonhar... sonhar... sonhar...


                                Martim César