www.martimcesar.com.br

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sede como os pássaros que, ao pousarem um instante sobre ramos muito leves, sentem-nos ceder, mas cantam! Eles sabem que possuem asas. Victor Hugo




Pequeno poema de sol para dois Bem-te-vis




Numa clareira amanhece

Um sol sereno de abril

Bem na picada do mato

Que corre junto do rio


Já o verão dos mormaços

Ganhou a várzea e sumiu

Chegaram dias amenos

Ainda distantes do frio


Desde a copa de um salso

Há um passarinho que entona

Um canto de amor... serenata...

Buscando a voz da sua dona


Depois espreita em silêncio

Como bombeando a sentir

Mas não escuta sua amada

‘Onde estarás, Bem-te-vi?'


Por que não posso te ouvir

Sem ti meu sol não existe

Meu canto soa tão triste

Pois não te vi, não te vi’



O sol na fresta das folhas

Se volta em estrelas no chão

Enquanto o aroma da terra

Se espalha na imensidão


Desde a copa de um salso...

Há um passarinho que entona

Um canto de amor... serenata...

Buscando a voz da sua dona


Depois espreita em silêncio

Como bombeando a sentir

E então escuta sua amada

‘Chegaste enfim, Bem-te-vi?


Que lindo poder te ouvir

Teu canto é um dia de sol

Que faz minha vida arrebol

Meu Bem-te-vi, bem te vi!!!’






Martim César



Nenhum comentário:

Postar um comentário