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terça-feira, 19 de julho de 2011

É doce morrer no mar... Dorival Caimmy


O mar de Alfonsina





Hoje eu quero o mar de Alfonsina

Um poema em corais ao sul sangrando

Vida em cena que acena e se termina

Mas se eterniza em estrelas naufragando



Uma flor que por amor em vão germina

E que decide - nesse ato - onde e quando

Pois um oceano é toda alma feminina

Um copo cheio a cada gota transbordando



Podes dormir, pois essas algas são lençóis

Deixa que a lâmpada eu a apago mansamente

E se ele chamar eu só direi que não estás...



Se quer te ouvir que ouça o mar dos caracóis

Se quer te ver que veja o mar ao sol poente

Mas se quer te amar, eu só direi ‘tarde demais’!...



Mas se quer te amar, amor, direi

                                                  que a deixe em paz...

                                                             a deixe em paz...

                                                                 a deixe em paz!!!



Martim César



















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