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terça-feira, 12 de julho de 2011
Deve haver algo estranhamente sagrado no sal... está nas lágrimas e no mar. Khalil Gibran
Alma de sal
Nunca foi tua esta terra
Que hoje vem te abrigar
Quem viveu sempre das águas
Foi morrer longe do mar
Parece um barco o cortejo
Feito de remos humanos
No rumo desse mistério
Mais profundo que o oceano
No mais... é regra sabida:
Todos se vão – cedo ou tarde! –
Só o que estranha é a guarida
Em um porto que não te cabe
Quem sabe nem mesmo o mar
Por não guardar os teus rastros
Já nem se revolte ao notar
A pobre ausência de um barco
Só ficou – por ironia! –
Nesse casco que te encerra
Um cheiro de maresia
Que não se extingue na terra
E a tua alma... cismando...
Envolta em sal e silêncio
Que mergulhou no oceano
Mesclada ao azul imenso!!!
Martim César
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