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segunda-feira, 18 de julho de 2011
No inverno te proteger, no verão sair pra pescar, no outono te conhecer, primavera poder gostar, no estio me derreter pra na chuva dançar e andar junto. (Beto Guedes/Ronaldo Bastos)
A fortaleza
Era uma fortaleza inexpugnável.
Dizem os que a cercaram e ainda vivem
Que durante tempos mais eternos que o próprio tempo,
Ela resistiu a todas as investidas.
Dizem, também, que os maiores cérebros da humanidade,
Através dos cálculos e das tecnologias mais avançados,
Inventaram armas cada vez mais potentes e destrutivas,
E que, mesmo assim, nem canhões nem mísseis,
Nem bombas infalíveis lançadas com precisão cirúrgica,
Alcançaram destruir as suas muralhas defensivas.
Era uma fortaleza realmente inexpugnável.
Até o dia em que um louco que nada entendia de batalhas,
Nem de guerras, nem de cercos, nem de táticas militares,
E muito menos de complicadas estratégias de combate,
Inventou uma estranha arma que chamou de poesia.
E, por primeira vez e para sempre,
Foi possível penetrar no quase inexpugnável
coração dos homens.
Martim César
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Parabéns pelo blog, é muito bonito. Emocionante o mar de Alfonsina, evocando a belíssima canção imortalizada por La Negra (Mercedes, que se foi no ano retrasado, muito cedo...).
ResponderExcluirUma precisão: os versos que dão nome a esta postagem são de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, na canção "Amor de Índio", e não de Djavan.
Um abraço!
Victor (vghiorzi@yahoo.com)
Mesmo distante,
ResponderExcluirsem ver,
sem tocar,
o espírito viaja e consegue alcançar
os cantos mais escondidos das palavras arranjadas,
ou mesmo as que ficam a rolar
neste espaço aquerenciado
onde a alma se arma de coragem
para conceitos desbravar,
percebe que não está em nenhum teorema
ou equação,
mas são apenas poemas
que insistem - e conseguem sempre -
em tocar e fazer bater mais forte o nosso coração.
Meu caro Martin... competente e sensível, como sempre. Parabéns. Dou-te um abraço com estas palavras, mas qq hora estarei aí pra gente entornar umas e outras. Nagib