Pelos
caminhos do norte
Pelos
caminos do norte
Sempre
vão os peregrinos
Pois
não há maior destino
Por
entre a vida e a morte
Água
e vento, bruma e areia
Pedras
perdidas no mar
Onde
a lua, quando cheia
Despeja
prata no olhar
Em
cada porto um segredo
Em
cada monte um farol
São
guardiões dum outro tempo
Mas
sob este mesmo sol
Velhas
lendas marinheiras
De
amores não permitidos
Hoje
perdidos na poeira
De
um mundo já esquecido
Há
uma Guernica queimando
Na
alma de todos nós
Um
quadro em sangue mostrando
É
o homem seu próprio algoz
Nos
rumos de Santiago
Ao
fim da terra conhecida
Milagre
é o caminho andado
O
que muitos chamam... de vida!
Martim
César
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