Ave
estranha
Demora
em mim
Essa
dor que não mostra a sua face
Num
disfarce de andar sempre assim
Só
por dentro é que a vida anda rasa
Como
se o coração fosse casa
Sem
janela, sem porta ou jardim
Demora
em mim
Vida
a fora como fosse cicatriz
Como
marca de guerra na pele
Mostrando
o que o lábio não diz
Estranha
ave que o amor não encerra
Pois
se está livre se sente infeliz
Demora
em mim
Uma
saudade que me invade
Cada
vez que não te vejo
Uma
vontade que não sabe
Ir
mais além deste desejo
De
estar contigo, em teu abrigo
No
doce perigo que eu preciso...
No
paraíso do teu beijo.
Demora
em mim
Esse
amor que na flor se consome
Esse
nome que sangra em carmim
Como
se o meu querer fosse asa
Como
se o teu olhar fosse brasa
Ardendo,
queimando até o fim
Demora
em mim
Vida
a fora como fosse cicatriz
Como
marca de guerra na pele
Mostrando
o que o lábio não diz
Estranha
ave que o amor não encerra
Pois
se está livre se sente infeliz
Martim
César
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