Folha
em branco
Como
se a vida fosse uma folha em branco
que viraste agora
E
com tuas mãos, enfim, pudesses escrever
uma nova história
Tudo
por fazer, o mundo ainda tão novo
te pedindo a escrita
A
boca sussurrando a forma das palavras
que um dia serão ditas
Como
se sonhasses um engenho novo
reinventando o tempo
E
desses o teu gosto e a tua assinatura,
à arte desse invento
Horizonte
aberto, o sul, o norte incertos,
à espera dos teus passos
Na
esquina em frente, a esperar a gente
a paz de um novo abraço
Mistério
de viver, o eterno renascer
a cada novo dia
O
que virá, virá, e sempre há de vir,
o futuro não se adia!
Mas
escolher a fruta boa, a canção que mais nos soa
O
tom da nossa voz... o que fazer de cada dia...
Essa
é a nossa poesia... isso sim... pertence a nós!
Sim...
essa é a nossa poesia.... isso sim...
pertence a nós!
Como
se nascesses para um novo mundo
neste exato instante
E
as coisas simples fossem doravante
as mais importantes
Um
afago, um beijo, um abraço amigo,
um momento a dois
Que
o demais não conta, o tempo das ausências
fica pra depois!
Martim
César
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