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quinta-feira, 27 de agosto de 2015
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Argentina - Brasil o Corrientes - Rio Grande do Sul
Sábado / Gicela Mendez Ribeiro y Aluisio Rockembach (juntos por 1º vez en Corrientes)
Gicela y Alusio se conocen hace mucho, tocaron varias veces en distintos escenarios de Brasil y Argentina pero se congregan este sábado por primera vez en Corrientes en una función inédita, personal y exclusiva que sería mucho más que una picardía perderse semejante espectáculo de chamamé.
El sábado 22, a las 21,30 hs. en el Teatro de la Ciudad, (Pasaje Villanueva 1470) la cantante Gicela Mendez Ribeiro que desde hace más de 20 años cautiva con su dulce voz en distintos escenarios del mundo, se reúne por primera vez en Corrientes con uno de los mejores acordeonistas brasileño, el joven y eximio compositor Aluisio Rockembach.
Presentan un show que se basa en el chamamé como elemento integrador y de esa manera sintetizar la combinación regional como receta para el crecimiento cultural y el bienestar de los pueblos. Unificación que se da de hecho y por más de una década y que se sintetiza en este show que es fruto de encuentros musicales informales, entre Gicela y Aluisio que vienen tocando juntos hace varios años.
Juntos compitieron en el 13º Bivaque da Poesia Gaúcha y el 14º Acampamento da Canção Nativa en Campo Bom, los 2 en Brasil, este ultimo festival recibió mas 700 canciones y seleccionó 12, entre ellas “Tu canción” un chamamé compuesto por Aluisio Rockembach y Martim César Gonçalves, interpretado por Gicela que viajó a Brasil especialmente para defender la canción y que se llevo el premio como “Mejor interprete” del festival.
El sábado tiene un show imperdible, que solo para 120 personas, donde se podran apreciar a 2 jovenes exponentes de la mejor música del litoral sudamericano. La entradas anticipadas la conseguis en el teatro de la ciudad a $80.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Letra vencedora da Moenda 2015 e crítica do Náufragos Urbanos - dois orgulhos
Antena - ZH 15/08/2015 - Coluna Juarez Fonseca
Martim César
Música: Zebeto Correa
Náufragos Urbanos, de Martim César, Ro Bjerk e Ricardo Fragoso – Raríssimos letristas gaúchos navegam com naturalidade entre a música nativista e a MPB. Lembro dois grandes: Apparício Silva Rillo e Sergio Napp. Também poeta e escritor com cinco livros, e prêmios em muitos festivais, Martim César é um deles. Este sétimo álbum em 20 anos de carreira, segundo com temática urbana, comprova o talento para versos universais e ritmos como o samba, predominante no CD. São oito parcerias com Ricardo Fragoso e cinco com Paulo Timm, ambos da Zona Sul do Estado – como Martim, que é de Jaguarão. Ao lado da ótima cantora Ro Bjerk e de músicos da competência de Aluísio Rockembach (acordeão) e Daniel Zanotelli (sax), Fragoso (voz, violão, arranjos) afirma o caráter discursivo, incisivo, até político, das palavras de Martim e seu parentesco com Dylan, Vandré, Belchior. Mas tudo com sotaque gaúcho. Um disco surpreendente. Independente, R$ 20, contato em martices@bol.com.br
Aprendizagem
Se hoje o barco em que eu navego
Já não teme singrar águas revoltas
É porque as curvas misteriosas desse rio
(que há tempos já não nego)
Sabem há muito que estou pronto
E que vou assim ao seu encontro
Corpo leve, alma aberta, velas soltas
Mas confesso, se eu pudesse
Eu voltava pra esse tempo
De pandorga solta ao vento
Onde nem o tempo havia
Quando a alma tinha asas
Onde o mundo era as casas
A vida o sol de cada dia
Mas confesso, se eu pudesse
(só, talvez, por um segundo)
Eu voltava pra esse mundo
Onde iniciei meu destino
Quando a vida tinha asas
Onde ainda junto às casas
Estão meus passos de menino
Se hoje as pedras que eu enxergo
Já não podem desviar-me do caminho
É porque eu já sei do imenso desafio
De receber menos do que entrego
De ver que são complexos os amores
Pois só sabe dar valor ao mel das flores
Quem entende a razão dos seus espinhos.
Música: Zebeto Correa
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Mas será que não somos mais índios que brancos?

Outras margens (Diego Müller/Martim César)
Cambiou o
mundo de pronto, sem nem se entender porquê
E se
calaram teus cantos, teu mundo se fez tão raro,
Que a vida
altiva de antes perdeu o entono de ser...
Já não há
lanças, nem cruzes, nos ranchos de lona e barro!
O rio que
foi teu caminho, hoje é mais uma autopista
Onde não
cruzam os peixes, só há tristeza e escassez
Há cidades
e alambrados, na terra a perder de vista
Mas as
matas, com teus rastros, não cruzarás outra vez!
Te
reservaram outras margens às margens das rodovias
Ou em
reservas mal vistas, sombra dos sóis ancestrais
Mas onde estarão os teus cantos e onde o verde que havia?
Mas onde estarão os teus cantos e onde o verde que havia?
Rompeu-se o tempo de um mundo que não voltará nunca mais!
Talvez o branco compreenda - se já não for tarde demais -
Que está matando sua vida em sonhos artificiais
E busque no mundo índio, o que perdeu de
harmonia...
Não há dinheiro que compre sequer um pouco de
paz!
E passam carros correndo no asfalto das correntezas
- Não são canoas de antes cruzando águas serenas -
Para os que vão nesses barcos, só a pressa é a certeza
Morrem em busca de um tempo que por correr lhes condena
Nas miradas que se cruzam há dois olhares distintos
Dois modos de ver a vida sobre léguas de
estranheza
Te olham como se fosses um ser já de há muito
extinto
E não como alguém que sabe que é parte da
natureza!
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Calendário possível - Segundo semestre 2015
09 Setembro – Pré-lançamento CD Canciones que nacen del camino – Parrillada Mercado Del Puerto Pelotas 22:00
22 Outubro –
Lançamento CD Náufragos Urbanos – Biblioteca Pública Pelotense – 20:00
09 Outubro -
Lançamento CD Náufragos Urbanos – Semana de Herval – 20:00
24 Outubro – Lançamento
CD Náufragos Urbanos –
Teatro Esperança –
Jaguarão – 21:00
21 Novembro –
Lançamento Canciones que nacen del camino – Teatro Esperança – Jaguarão – 21:00
17 Dezembro –
Lançamento CD Caminhos de Si – o tempo –
Biblioteca Pública
Pelotense – 21:00
19 Dezembro -
Lançamento CD Caminhos de Si – o tempo – Teatro Esperança – Jaguarão – 21:00
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Una moneda, por favor...
Calle Soledad
Tengo un pantalón roto
Y una canción
Una guitarra con rasguños
Y un corazón
Que perdí en una noche
Cuando salí
A buscar lo que ya estaba
Dentro de mí
Laberintos del amor...
Tengo una mirada oscura
De papel carbón
Unos zapatos ya gastados
De andar al sol
Y un alma que no para
De andar por ahí
A cruzar la madrugada
Buscando por ti
Sin darme razón...
Es la calle Soledad
Donde va el amor
A reírse de quien sueña
Robarle una flor
Es la calle Soledad
Hágame el favor
De dejar una moneda
Gracias, mi señor
Una calle sin salida
Rumbo al dolor
Es la calle Soledad
Donde va el amor.
Martim César
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Penso, logo resisto
Tela: Bosque de elefantes - Oscar Dominguez
Cemitério de elefantes
Às vezes penso que escrevo
Com a tola pretensão de deixar rastros
Para o futuro.
E cada vez que penso nisso, eu me pergunto:
Para quê?
Mesmo que essas pegadas escritas
Conseguissem sobreviver à intempérie
de um mundo cada vez menos atento
a essas digressões, a esses devaneios,
O futuro – esse Deus implacável -
Pertence a um tempo em que eu
Certamente não estarei mais aqui.
E já nada importará!
Qual seria, então, a lógica desse ato insano?
E sempre que penso assim, obtenho
A mesma e misteriosa resposta:
Sou o ínfimo elo de uma corrente,
Que não me cabe vislumbrar de todo.
Igual ao cachorro que esconde o osso
Para os dias de escassez,
Mesmo quando essa escassez já não existe.
Ele recorda, sem saber, os dias
De uma antiga e esquecida glaciação,
Quando assim era preciso.
Qual o elefante que sabe o lugar
Onde deve ser o seu final,
Mesmo sem nunca ter lá estado.
Ele recorda onde é, sem saber como.
Somos parte de uma engrenagem
Chamada vida.
Mesmo quando já não estivermos
Vivos.
Por isso,
Com toda essa tolice de escrever
Para um futuro ausente,
Ainda assim,
Quando perguntado – como Suassuna –
Se temo a morte...
A minha resposta é exatamente igual à dele:
Não! Não temo!
Temo, isto sim, que ela chegue a mim
No meio de um poema em que eu
Estiver ali, sem saber por que, escrevendo,
justificando
a minha vida.
Martim César
terça-feira, 21 de julho de 2015
Um avô chamado Darwin - Martim César
Um avô chamado Darwin
Naquela manhã de milhões de anos atrás, em pleno coração
da África, um distante avô de Charles Darwin comprovou a teoria da evolução das
espécies, antes mesmo dela ter sido criada por seu famoso neto. Ao erguer-se
sobre as patas traseiras, provocou alguns efeitos não muito fáceis de analisar.
A faculdade de poder olhar para a infinidade do céu, que a partir de então o
tornaria diferente das demais espécies, daria origem à propensão humana de
questionar o universo que o cercava. Havia muitas perguntas para fazer; poucas
respostas para dar. Algumas explicações tardariam uma infinidade de gerações;
outras, talvez, jamais fossem respondidas. Esse pequeno gesto - que seria
repetido doravante sucessivamente a cada amanhecer - engendrou a mutação que o
faria dominar o minúsculo grão de areia que habitava, e que viria, posteriormente,
a ser chamado de Terra. Ao sustentar-se na vertical, percebeu a estranha
ociosidade dos membros dianteiros. As mãos estavam soltas no ar. Quando chegou
o meio dia, sol a pino, esse avô utilizou aquela nova condição para fabricar os
seus primeiros instrumentos. O seu cérebro, agora provocado, desafiado,
obrigado a dar função para as mãos, começou a crescer. Quando a tarde já estava
se aproximando do final e a sempre perigosa escuridão se acercava, aprendeu a
dominar o fogo. Chegou a noite e depois veio o dia e depois veio outro dia. E
outro dia depois do outro dia. Infinitamente. Assim, foi aperfeiçoando seus
instrumentos. Uma estranha necessidade de deixar um rastro para o futuro também
foi afastando esse ser dos demais. Pintou nas cavernas. Esculpiu na pedra e
moldou o barro. Dessa forma inventou a arte. Buscando a necessária
sobrevivência da espécie foi preciso ensinar o que aprendera aos seus
descendentes e, com isso, engendrou a cultura. Primeiro com os gestos, depois
com a palavra e mais adiante com a escrita. Depois nasceu outro dia e, embora fosse
igual aos dias que o antecederam, ele - o homem - já não era o mesmo. Carregava
consigo a bagagem de conhecimentos adquiridos em sucessivas gerações. E assim o
avô chegou ao neto, e os milhões de anos que os separavam não foram mais do que
os segundos que se leva ao lermos algumas palavras em uma folha de papel. Vidas
humanas cruzando como em uma corrida de revezamento. Os que chegaram antes:
ensinando; os que vieram depois: aprendendo. O avô tornou-se o neto e o neto
tornou-se o avô. Que é o avô de outro neto. E assim sucessivamente até chegar
aqui. Neste exato instante. Que agora já passou.
Martim César
terça-feira, 30 de junho de 2015
Temos todo o tempo do mundo... não temos tempo a perder! Renato Russo
A contra luz
A vida é um trem veloz pronto a partir de uma estação
Descem alguns, sobem mais uns e logo, logo já
se vão
Já não há tempo para abraços ou conversas
demoradas
Quando se vê já está chegando outra vez uma
parada
O não viver é somente uma das faces escondidas dessa morte
Que nos conduz, que nos faz frágeis, por
saber-se ser tão forte
Que tempo temos, meu amor, para as pessoas que
queremos?
Um dia, talvez, vamos chorar a vida, enfim,
que não vivemos
Mas, afinal, qual será mesmo a nossa fruta
preferida?
Não será a hora de apreciarmos o porquê do seu
sabor?
O mundo corre por aí... deixa então que se vá
em sua corrida!
A vida é um flash nada mais que quando vemos
se apagou.
(Quando vemos, meu amor, já se apagou.)
Vemos a curva dessa estrada e há uma outra
curva mais além
Qual a razão de tanta pressa, quem é que ao
certo sabe bem?
Mariposas cegas vamos todos, em círculos a
voar a contra luz
Nesse girar em torno ao nada que a uma manada
nos reduz
Quero a quietude solitária de uma tarde frente
ao mar
Quero amigos sem urgências com quem se possa
conversar
Gastar a hora junto aos meus, pois essa hora
não é perdida
Perder tempo é ganhar... essa é a razão da
própria vida.
Martim César
terça-feira, 16 de junho de 2015
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Assista a música "Se meus sapatos saírem por aí" - Parceria Chico Saratt/Martim César
Se quiserem ver/ouvir uma música diferente:
Confira este vídeo no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=9RWRFH4TvBw&feature=youtu.be
Confira este vídeo no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=9RWRFH4TvBw&feature=youtu.be
Se meus sapatos saírem por aí
Meus sapatos se escaparam por aí
Talvez buscando esses lugares
Onde um dia eu vivi
Saíram sem me consultar
Feito quem vai pra não voltar
Sem sequer no adeus se despedir
Mas, meu amor, repare não
Pois na verdade só estão
Um tanto mais sentimentais
Longe de mim ficam assim
Flor sem jardim, vazios demais
Sapatos têm modos estranhos
Vários tamanhos, apenas uma condição
Levarem sempre tanta gente
De lá pra cá, rumando em frente
Sem nem saberem aonde vão
Mas, meu amor, se meus sapatos
- talvez assim, sem mais porquê -
Se recordarem dos teus passos
E chegarem um dia até você
Não corra não, que só estão
Gastos de poeira e abandono
Iguais a um cão que não tem dono
Feito sapatos... sem ter chão!
terça-feira, 9 de junho de 2015
Náufragos Urbanos - Lançamento do CD - Porto Alegre
Náufragos
urbanos
Nós somos náufragos
urbanos
Somos
a parte dessa arte
Que
ficou fora dos planos
Nós
na verdade sempre estamos
Fora
das leis de mercado
Longe
dos padrões mundanos
Mas
quanto vale a poesia?
E,
afinal, quem pagaria
Por
uma canção urgente...
Que
seja como a juventude
Quando
surge a inquietude
De
um caminho diferente?
Nós
somos náufragos urbanos
Somos
o avesso, o pé esquerdo
O
desespero dos tiranos
Nós
na verdade sempre estamos
A
nadar contra a corrente
E
nem à força nos calamos
Mas
quanto vale a poesia?...
Nós
somos, sim, o passo errado
O
descompasso, a imprecisão
A
perdição dos bem criados
Mas
mesmo assim, o engraçado
É
que pensamos que ser livre
Não
nos parece ser pecado
Martim César
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