O
campo na parede
Eu
tenho o campo na parede pendurado
Janela
de um mundo que parece tão distante
Mania
antiga de tentar guardar num quadro
Uma
paisagem que foi nossa muito antes
Compõe
a imagem o galpão bem junto às casas
Abrindo
as asas, tendo ao lado um cinamomo
Pareço
ainda ver que há cavaletes pelos cantos
Com
seus arreios a esperarem por seus donos
Há
um campo verde como os olhos que eu já tive
Verde...
verde...
Verdes
paisagens que mesmo a vida não dilui
Verdes...
verdes...
Fecho
os meus olhos e minha alma voa livre
Até
o menino que há muito tempo eu fui!
Eu
tenho o campo na parede pendurado
Visões
de um tempo que ficou já muito longe
Mas
que por dentro das retinas ainda guardo
Pra
que se saiba que o meu canto vem de onde
Nestas
urgências vou cumprindo meus horários
Sob
os concretos dos mil bretes da cidade
Mas
vez em quando paro a vida... vejo o quadro
E
por ele saio a caminhar em liberdade!!!
Martim
César
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