Um
segundo antes do fim
Foram tantas
madrugadas pela vida
Feito um barco à
deriva
Navegando, meu
amor, sem ter um cais
Tinha em mim
tantos acenos de partida
No olhar a
nostalgia
De
quem tem o seu destino preso ao mar
Se
eu sonhasse a primavera
E
pintasse o chão de flores
Nem assim eu tinha as cores
Que eu só vi nos olhos dela.
Nem
assim...
Se
eu tivesse o dom em mim
De
expressar-me em poesia
Nem assim eu poderia
Explicar o que eu senti.
Um
segundo antes do fim... o Armageddon!
Supernova
em distensão... o som
Da
explosão dentro de mim.
Quando
tu me encontraste um dia,
A tormenta de
repente se desfez
E as velas sempre
abertas pro adeus
Se renderam,
enfim, ao sabor da calmaria.
Alma
em flor...
Descobri
que não tem como, nem porquê...
Meu
amor, eu só sei que já não posso
Mais
viver sem você.
Eu
que andava na imensidão do mar,
Eu
queria somente ser teu cais,
Encontrei
em teu porto a minha paz!
Ser teu chão...
ser tua casa... ser teu par!
Martim César
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