O
meu relógio às avessas
(Diego Müller/Martim César)
Fiz
um relógio às avessas
Pra
o tempo voltar, por si...
Como
a buscar, tendo pressa
Os
dias que eu já vivi...
Girando
pelo anti-horário,
Contar
dois depois do três...
Ir
atrás... no calendário
Rever
meu mundo outra vez!
Sendo
igual a engrenagem
Os
mesmos são os ponteiros!
Mas
nessa estranha viagem
O
fim começa primeiro
Tudo
igual... mas diferente
Porque
é inverso o sentido
Cada
passo dado em frente
É
menos um dia vivido!
Fiz um relógio às
avessas
Pra regressar a esse
mundo
Até onde tudo
começa
Desde o primeiro
segundo
Mas descobri, na
jornada
Indo ao revés no
caminho
Que quanto mais eu
andava
Mais eu ficava
sozinho.
O
tempo só anda em frente
-
É a regra mais que sabida! -
Vamos
todos na corrente
De
um rio que se chama vida
Mas
se chegasse essa hora
De
andar no tempo às avessas
Será
que a nossa escolha
Seria
– de fato – essa???
Melhor
seguir esse rumo
Igual
aos nossos iguais
Sempre
adiante, todos juntos
Os
filhos depois dos pais
Por
algo somos humanos
E
à humanidade seguimos...
Vida
a fora, ano a ano
Cumprindo
o nosso destino!
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