Relógios de areia
Venho
De
andar muitos caminhos
Procurando
entre os espinhos
A
leveza de uma flor
Venho
De
entender que algumas perdas
Servem
bem pra que se aprenda
O
que tem mesmo valor
Venho
De
entender que o meu cansaço
É
por que gastei meus passos
Na
urgência de chegar
Venho
De
por fim saber que a vida
Nunca
está nessa corrida
Que
nos leva por levar
São
relógios que não sabem
Dessas
horas verdadeiras
Em
que a alma está inteira
Entre
os sonhos que nos valem
São
areias que não podem
Entender
que um segundo
Guarda
o eterno deste mundo
Se
o amor é o que nos move.
Venho
De
entender que não há tempo
Mais
que aquele de um momento
Junto
a quem queremos mais
Venho
De
afinal ter compreendido
Que
o demais não tem sentido...
Em
qualquer brisa se desfaz
Martim César/Ricardo Fragoso
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