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terça-feira, 31 de maio de 2011

Pájaros en la cabeza y soñar que aún contaré relámpagos contigo... Ismael Serrano




    (Que trata de como a imprevisível sorte foi desfavorável ao fidalgo Don Quixote de la Mancha, e de como o vencido, porém honrado cavaleiro, não abdicou de seu imensurável amor por sua senhora Dulcinéia)


O cavaleiro derrotado

Talvez o tempo, que tudo envolve em densas brumas
Possa esquecer o que escreveram tantas plumas
E apague a dor de ver-se os sonhos destruídos

Fidalgo errante, ontem vencedor de mil batalhas
Hoje o que resta? Só o descanso ou a mortalha
A inglória sina que é o espólio dos vencidos

Efêmera é a conquista e toda a glória é passageira
Mas a derrota... essa perdura a vida inteira
Ainda que pouco hoje te reste por viver.

Prefiro a morte! - Hás de dizer - Prefiro a morte!
Já que os deuses não te deram melhor sorte
E á tua amada... tu honrarás até morrer.


Martim César

(Penúltimo poema da saga de D. Quijote no Poemarte)

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