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terça-feira, 28 de junho de 2016

Música Folha em Branco vencedora em Rio Preto

Vencedores da 11ª edição do FEM - 15032016
Vencedores da 11ª edição do FEM, no domingo. Zebeto é o último à direita
A canção Folha em Branco, de Zebeto Corrêa e Martim Cesar, foi a grande vencedora da 11ª edição do Festival Nacional de MPB Vinícius Nucci Cucolichio (FEM), que terminou no domingo, em Rio Preto. A música vencedora foi apresentada no Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto pelo próprio Zebeto, que contabiliza a participação em quase 600 festivais ao longo da carreira.
‘Festivaleiro’ de carteirinha, o artista, que é de Belo Horizonte, participou do FEM pela nona vez. Antes, já tinha faturado um primeiro lugar, dois segundos e dois terceiros no evento rio-pretense. Aos 55 anos, ele trabalha com música desde os 20 anos e seu primeiro LP foi lançado em 1982. “Eu, provavelmente, sou o artista que mais participa de festivais, vou do Amazonas ao Rio Grande do Sul. A edição do FEM foi muito bonita, com destaque para a banda que acompanha os músicos no palco”, revela.
Em segundo lugar ficou a canção Fruta Lírica, assinada pelos compositores Thyone Salinas e Paulo Uchoa, de Nova Aliança. De Cabeça, do artista de Rio Preto Luis Dillah, ficou com o terceiro lugar. Dillah, que já foi premiado duas vezes no FEM - uma na 6ª edição e outra no ano passado, além de ter gravado seu DVD O Poder de Voar na final do festival de 2010 - conta que é uma alegria vencer. “Todo artista gosta de ter reconhecimento do público e também de jurados, que são profissionais e analisam cada detalhe das canções.”
Com a mesma canção, De Cabeça, Dillah ganhou o troféu Lamartine Babo - terceiro lugar do 43° Fenac, em Minas Gerais, festival que contou com mais de 3,5 mil músicas inscritas. “A composição tem me dado sorte.” Com 30 anos de carreira, Dillah é neto de violeiro e, além do DVD O Poder de Voar, tem outros dois CDs gravados, Que Nem Eu e ForróQxote. “Sou um artista que faz música popular brasileira e tenho de elogiar a noite regional do FEM, que a cada edição está mais qualificada. O nível cresce a cada edição e deixa o festival cada vez mais concorrido.”
O prêmio de melhor letra ficou com a canção Amigo dentro do Peito, de Caio Martinez, de Porto Alegre. Sua canção foi interpretada pela cantora Andrea Cavalheiro, que segundo o artista é uma talentosa profissional. Ele não pode vir para Rio Preto porque foi jurado de outro festival no estado natal. Também ‘festivaleiro’, assim como Zebeto, Martinez participou pela quarta vez do FEM e já foi premiado em festivais como Moenda da Canção, Canto da Lagoa, Tafona e Viola de Todos os Cantos.
O júri do festival foi formado pelos músicos Pedrão (Mirassol), Evandro Oliva (Rio Preto) e Mauro Zacarias (Ribeirão Preto). Eles também escolheram a melhor intérprete: Ana Paula da Silva cantando Clariô, de Alegre Corrêa e Raul Boeira, de Joinville, Santa Catarina. A 11ª edição do festival contou com 758 canções e 394 inscrições. Foram selecionadas 20 músicas, das quais 10 eram de compositores locais e regionais e 10 de artistas das demais regiões do País.
Vencedores
1º lugar
  • Folha em branco. Composição: Zebeto Corrêa e Martim Cesar; intérprete: Zebeto Correa (MG)
2º lugar
  • Fruta lírica. Composição: Thyone Salinas e Paulo Uchoa; intérprete: Thyone Salinas
3º lugar
  • De cabeça. Composição: Luis Dillah; intérprete: Luis Dillah 
Melhor letra
  • Amigo dentro do peito. Composição: Caio Martinez; intérprete: Caio Martinez (RS)
Melhor intérprete
  • Clariô. Composição: Alegre Corrêa e Raul Boeira; intérprete: Ana Paula da Silva (SC)

quinta-feira, 16 de junho de 2016

La guitarra estaba triste     (Diego Müller/Martim César)

Fue la última guitarra
Que el gitano encomendó...
Nació después de su muerte,
Por eso no la tocó.

Sangre antigua que pulsaba
En su propio corazón
No subió al escenario...
No oyó su respiración

La guitarra estaba triste
Porque nadie la tocaba...
Quisiera andar los caminos
Mostrar al mundo su alma.

Cuerdas de sangre y de luna
Rojo pañuelo en su gesto
Siglos de historia flamenca
En las manos del maestro

Fue la ultima guitarra
Que el gitano encomendó...
No pudo jamás tocarla
El tiempo no lo dejó.

Furia de toro en la arena
En un estuche enjaulada
Cuna de amor y de penas
Esperando ser libertada.

Pero dijeron que un día
La muerte se ha vuelto loca
Y esa guitarra lucía...
Con las palabras de Lorca.
 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

CD 'O Espanto', de um amigo e grande compositor: Raul Boeira.



CD 'O espanto' de Raul Boeira, segundo CD de inéditas, em parceria com a esposa Márcia Barbosa.

Link para material sobre o CD:





Contato para compra do CD: 

Raul Boeira <raulboeira@gmail.com>






Link


terça-feira, 3 de maio de 2016

Asas de pandorga



Asas de pandorga

Saio por aí, vou contra o vento
Tenho asas de pandorga
E duas luas como rodas
De uma velha bicicleta
Aos que dizem que estou doido
Pois não ando igual que todos
Sem remorso eu respondo
Não me toquem... sou poeta.

Tenho um velho guarda-chuva
Que há muito não tem pano
E um relógio sem ponteiros
Pra chegar sempre atrasado
Pois eu ando nos caminhos
Sem ter pressa de chegar
Levo a alma de menino
E um poema inacabado.

Tenho asas de pandorga
Eu sei que não podes ver...
Mas se fechares os olhos
Eu sei que tu irás saber
Que assim se pode voar
E sairás junto comigo
Sem ter medo do perigo
E a sonhar... sonhar... sonhar...


                                Martim César

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Matéria Cultural 2 - Diário da manhã

CAMINHOS DE SI : SHOW DE LANÇAMENTO DO CD “O TEMPO”

NESTA SEXTA (15) ÀS 20H NA BIBLIOTHECA PÚBLICA PELOTENSE, NOVO DISCO DO “CAMINHOS DE SI”

Por Carlos Cogoy
Segundo disco do trio que reúne o compositor Martim César, Hélio Ramirez e Paulo Timm. O grupo que surgiu em Jaguarão há mais de dez anos, dialoga com a cultura pampeana, brasileira e latino-americana. No espetáculo desta noite, disco poderá ser adquirido a R$10,00. O trabalho foi viabilizado através do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROCULTURA), e contará com a participação de convidados. Apoio da equipe da Bibliotheca Pública. ENTRADA FRANCA.
Grupo com Martim César, Hélio Ramirez e Paulo Timm, divulga segundo CD
Grupo com Martim César, Hélio Ramirez e Paulo Timm, divulga segundo CD
PARTICIPAÇÕES – O show de lançamento terá abertura do escritor e pesquisador Enilton Grill Jr. Conforme Martim César: “Contaremos com a apresentação especialíssima da cantora uruguaia Laura Correa, e da sempre talentosíssima Maria da Conceição. E os músicos, parceiros históricos do ‘Caminhos de Si’, Fabrício ‘Pardal’ Moura, Leonardo Oxley e Gil Soares. Também Rodrigo Porciúncula, Lyber Bermúdez, Davi Batuka, Alexandre Popó, Nilton Jr., Egbert Parada e Aluísio Rockembach. Já os atores Fernando Petry e Sandro Calvetti, estarão interpretando ‘Don Quixote’ e ‘Sancho Pança’”.
CAMINHOS – A designação do grupo é o título de música que integra o primeiro CD. De acordo com Martim, o refrão sintetiza o propósito artístico-conceitual: O tempo que corre fora, /não é o que corre por dentro/ Pois um se mede por horas,/o outro por sentimentos”. O primeiro disco, que tem o nome do grupo, teve lançamentos no Theatro Sete de Abril e Fórum Social Mundial. Martim acrescenta: “O que fazemos é ‘world music’. Mas, também posso definir como regional-universal, com uma pitada fronteiriça cuja visão mira os dois lados: o do país continente chamado Brasil, e a América Latina de língua hispânica. Creio que o ‘Caminhos de Si’ perpassa por coisas antigas, mas não se prende a elas, ou seja, fala do novo a partir do antigo. É uma arte mestiça. Sempre digo que ‘Cada fachada, cada marquise, cada casa centenária destas cidades do Sul, foi erguida com arquitetura branca, utilizando mão de obra negra, sobre território índio. Mestiços somos. Como a nossa arte”.
DEMOCRACIA – Show acontece numa data histórica para o País, com o início da votação acerca do “impeachment” na Câmara dos Deputados. Em relação ao contexto atribulado, Martim menciona: “Temos uma música chamada ‘A verdade da Memória’ que, de certa forma, é um libelo à democracia. Nela retratamos os anos de chumbo da América Latina, e também a nossa crença em uma democracia forte e que seja decidida pela vontade soberana do povo’”.
SHOW – Após a apresentação em Pelotas, “Caminhos de Si” terá agenda de lançamentos em Porto Alegre e Jaguarão. O grupo também está definindo data e local, para a apresentação em Montevidéu. “No show tratamos de temáticas como as questões étnicas e sociais. A exemplo, conflitos como o extermínio indígena, e a exploração escrava. Além disso, as questões ambientais como a preservação dos rios e florestas. Outro aspecto, são as incursões pela história e literatura. Em destaque, a ênfase no esquete teatral sobre ‘Dom Quixote de la Mancha’, a obra imortal de Cervantes”, diz. Para conhecer mais sobre o grupo: caminhosdesiotempo.blogspot.com. Em relação à obra literária de Martim – prosa e verso -, informações estão disponíveis online: martimcesar.com.br

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Matéria Cultural - Diário Popular

Reflexão em prosa e verso

Grupo Caminhos de Si lança disco que aborda a literatura, a ecologia e a história da América Latina de forma contundente
O tempo é o segundo trabalho gravado de Paulo Timm, Hélio Ramirez e Martim César (Foto: Ediane Oliveira - Especial - DP) (Foto: )
O tempo é o segundo trabalho gravado de Paulo Timm, Hélio Ramirez e Martim César (Foto: Ediane Oliveira - Especial - DP)
Não pensem que esquecemos Pinochet/E os ianques que eram lobos disfarçados/Sob um condor que se fartou do alheio sangue/De um continente para sempre mutilado fala na canção A verdade da memória o grupo Caminhos de Si, formado pelos jaguarenses Paulo Timm, Hélio Ramirez e Martim César. O duro recado que a composição é àqueles que apostam na memória curta do século 21 para trazer de volta ideias como a ditadura militar se estende por todo o disco O tempo, que conta com financiamento do Procultura Pelotas e tem lançamento marcado para amanhã com show na Bibliotheca Pública Pelotense.
A união do trio tem início ainda em 2003, em uma apresentação nos áureos tempos do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Posteriormente, o show ocorreu também no Projeto 277, do Theatro Sete de Abril, no mesmo ano. 2004 é a data do primeiro disco, independente, lançado no também jaguarense Theatro Esperança, na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, e no mesmo local da segunda apresentação.
Em 2005 a fronteira foi cruzada, linha imaginária que é, e o Caminhos de Si rumou ao Uruguai, realizando espetáculos no teatro Florêncio Sanchez, em Paysandú, no teatro España, em Melo, e no teatro AEBU, em Montevidéu. Sempre juntando, nas ocasiões, a música, a poesia e o teatro - na apresentação de sexta-feira haverá, por exemplo, interferências de dois atores interpretando Dom Quixote e Sancho Panza.
Da fronteira
O tempo, segundo disco do grupo, reúne 15 músicas, entre composições dos três carregadas na influência da estética da fronteira Brasil-Uruguai-Argentina, bem como do restante da América Latina, sem deixar fora a incorporação de elementos de Renato Teixeira, Almir Sater, Chico Buarque, Luiz Gonzaga.
Segundo Paulo Timm, essa absorção de diferentes vertentes - que muito em comum têm - se deu para que as canções, apesar de regionais, fossem universais. “Como diz o (Aldyr Garcia) Schlee, a gente vai do outro lado da fronteira sem sair deste. Vai ao exterior sem sair do interior”, comenta Martim César, citando o autor da orelha do disco e criador do personagem Don Sejanes, incluído no projeto através da canção Milonga por Don Sejanes. Para Timm, a diversidade no trabalho também se dá através da participação dos músicos Gil Soares, na flauta, Leonardo Oxley, no violino, Aluísio Rochemback, no acordeom, Maria Conceição, entre outros.
Da instigação
Ferrenhos paladinos das raízes da fronteira, Timm, César e Ramirez fazem do disco uma arma para falar sobre ecologia, literatura, história. Há canções que tratam, por exemplo, dos regimes ditatoriais na América Latina, apoiados pelos Estados Unidos, bem como o pampa, com o intuito de tornar o bioma mais conhecido na única região onde ele é encontrado. “Isso instiga a pessoa a procurar mais informações sobre os temas abordados. Abre caminhos para a realidade latino-americana”, afirma Ramirez.
César destaca também o cuidado dado à questão do índio, atual em Pelotas por conta da tribo kaingang que resiste bravamente na região da Estação Rodoviária (Eterpel). “Perderam sua terra. Queremos despertar para que se perceba aquelas pessoas não pelo lado da miséria, mas sim pela riqueza que lhes foi roubada”, diz, ao que é acompanhado por Ramirez. “A mesma coisa em relação à questão negra. Cada casarão dessa região foi construído com arquitetura branca, mas a mão de obra negra e muitas vezes escrava. Então é importante jogar luz no horror que era isso.”
Oficinas
Para que a mensagem de resistência latino-americana chegue a todos os públicos, o projeto do Caminhos de Si aprovado no Procultura conta também com oficinas realizadas nas escolas da região, abordando música, literatura, teatro, ecologia e história.
Conta César que, surpreendentemente, as crianças absorveram muito bem a proposta, com intensa participação. Crê que a boa recepção se deu pelas semelhanças com a própria grade curricular - apesar de abordar tais temas por outro viés. “Não é um CD só pra se ouvir, mas também para se ler. Se der, é bom encará-lo quase como um livro. Cada melodia, cada letra, no final funciona como se fosse um romance”, completa.
Serviço
O quê: lançamento do disco O tempo, do grupo Caminhos de Si
Quando: amanhã, às 20h
Onde: Bibliotheca Pública Pelotense
Entrada franca

quinta-feira, 17 de março de 2016

Canção vitoriosa no festival nacional de MPB de São José do Rio Pardo

Valeu a parceria com o grande cantor Zebeto Correia, unindo a fronteira do RS com Minas Gerais. Não era assim no tempo dos tropeiros? Assim seguimos...


Folha em branco


Como se a vida fosse uma folha em branco que viraste agora
E com tuas mãos, enfim, pudesses escrever uma nova história
Tudo por fazer, o mundo ainda tão novo te pedindo a escrita
A boca sussurrando a forma das palavras que um dia serão ditas


Como se sonhasses um engenho novo reinventando o tempo
E desses o teu gosto e a tua assinatura, à arte desse invento     
Horizonte aberto, o sul, o norte incertos, à espera dos teus passos
Na esquina em frente, a esperar a gente a paz de um novo abraço


Mistério de viver, o eterno renascer a cada novo dia
O que virá, virá, e sempre há de vir, o futuro não se adia!
Mas escolher a fruta boa, a canção que mais nos soa
O tom da nossa voz... o que fazer de cada dia...
Essa é a nossa poesia... isso sim... pertence a nós!
Sim... essa é a nossa poesia.... isso sim... pertence a nós!


Como se nascesses para um novo mundo neste exato instante
E as coisas simples fossem doravante as mais importantes
Um afago, um beijo, um abraço amigo, um momento a dois
Que o demais não conta, o tempo das ausências fica pra depois!



                                                                        Martim César/Zebeto

Detalhes no site:


www.diariodaregiao.com.br/.../mineiro-zebeto-corrêa-vence-pela-segund...
A canção Folha em Branco, de Zebeto Corrêa e Martim Cesar, foi a grande vencedora da 11ª edição do Festival Nacional de MPB ...

quinta-feira, 10 de março de 2016

Agenda 2016


12 de Março– Zebeto Correa – Festival de Rio Preto -SP
13 de Março – Reponte de São Lourenço do Sul
13 de Março–Laura Correa–Festival Orillas – R. Branco
22 de março – Laura Correa – Treinta y Tres - Uruguay
15 de Abril – Caminhos de Si – O tempo – Pelotas
16 d Abril – Caminhos de Si – O tempo – Jaguarão
20 de Maio – Camaquã – Náufragos Urbanos
17 de Junho – Caminhos de Si – Porto Alegre
9 de julho – Montevideo – Sala Zitarrosa – Náufragos Urbanos/Laura Correa

11 de Setembro – Pelotas – Grupo Barrio Sur