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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Vídeo da canção Repartidos (com Chico Saratt)

Clicar em:



 

Repartidos


Eu li na manhã de hoje
Na notícia de um jornal
A morte buscando um nome
Nomeou fulano de tal

Mas eu sabia a história
Malgrado tempo e distância
E recorri na memória
O mundo velho da infância

Deixou atrás o seu rancho
O galpão e o pingo...
Que encilhava nos domingos
Nas pencas na Cinacina

Mas veio como não vindo
Partido pela metade
Por fora, cinza e silêncio
Por dentro, a verde saudade

É a mesma sina de tantos
Herdeiros da mesma cruz
Que presos do urbano encanto
Perecem cegos de luz

Eu li na manhã de hoje
Se foi... partiu... nunca mais!
Mas eu sabia o seu nome
Adeus!...Que descanse em paz!




Martim César (melodia: Paulo Timm)




quarta-feira, 29 de maio de 2013

A una lágrima de rocío - canção

Para ver e ouvir a canção vencedora de uma das edições do Festival  Martin Fierro de Santana do Livramento

Com Roberto Borges



Com Shana Muller





terça-feira, 28 de maio de 2013

¡Sí al hombre y no al hambre! Y por fin seremos libres

Para ver la canción (Por Maria Conceição)



http://www.youtube.com/watch?v=8rZUy9OMY0U

Chacarera Libertaria



Cuantas veces en la vida

Lloraremos nuestros muertos

Al saber que le quitaron

La esperanza al mundo nuestro



Porque crecimos creyendo

Que estaremos siempre abajo

Temer a los opresores

Y ser feliz cuando hay trabajo



Y ellos quieren que uno piense

Que si hay nubes en el cielo

Fueron trampas del destino

Y no sus dedos que pusieron



Chacarera libertaria

Grito a un pueblo que aún vive

¡Sí al hombre y no al hambre!

Y por fin seremos libres



Porque el sur de nuestra América

Es muy pobre en su riqueza

Suelo fértil y minerales

Quedan siempre en mano ajena



Porque nos duele mirar

La inmensidad de los campos

Mucha gente sin su tierra

Y mucha tierra en pocas manos



Vendrá el día en que mi pueblo

No será más inocente

Y luchará por su derecho

Nuestra tierra a nuestra gente

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Música que tirou 2º lugar em Lages - Santa Catarina



Para ouvir (clique)



Un acordeón y un sombrero


Llegó una mañana de muy lejos
En su acordeón traía viejas melodías
Una voz de vino que hablaba de otro tiempo
Y mil canciones tan sencillas como el día

Anduvo por las calles de una gran ciudad
Quizás buscando algo más que un sueño
Golpeó puertas, endureció sus alpargatas
Añorando las tardes calmas de su pueblo

Pensó en volver
Y mirarse otra vez
En los ojos de su gente

Pensó en volver
Y decir que aún distante
Su alma jamás estuvo ausente

Pero era tarde
Para el pasado no hay rumbos
Ni caminos

Y envejeció
Chamameceando por las calles
Su destino

Hoy en la plaza un sombrero boca arriba
Junta monedas para quien juntaba sueños
La gente pasa y ni siquiera mira al hombre
Que acordeonando llena el aire de recuerdos

Letra: Martim César
Música: Aluísio Rockembach


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Es hoy que se cambia todo o nos lleva el viento....

La tierra sangra su canto

Cuando se queman florestas sangra la vida
Por la ganancia del hombre que todo olvida
En cada árbol que cae crece el desierto
Herencia de arena y sal para nuestros nietos

Se van muriendo los ríos, basura y veneno
Peces de plata al sol, dolor y silencio
Gaviotas que ya no vuelan en sus orillas
Tristeza de olor y aceite que se eterniza

La tierra sangra y reclama por las heridas
Ella que es nuestra casa, que es nuestra vida
La tierra sangra y avisa que no hay más tiempo
Es hoy que se cambia todo o nos lleva el viento

El cielo se llena de humo, se vuelve oscuro
Sin sol, estrellas y aves no habrá futuro
Los niños preguntarán, vacías las manos
Por el verde que recibimos y jamás cuidamos

Los niños que un día fuimos también nos piden
Que luchemos por nuestro mundo, aún es posible
Que el hombre despierte al fín de su loco sueño
¡Porque este planeta vive y no tiene dueño!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Cantos de Luta e Esperança

A seguir apresentação feita pelo amigo e grande compositor Maurício Raupp Martins para o Reponte da Canção.
Abaixo as referências dessa viagem literária pela resistência cultural do mundo.



I
PREPARE SEU CORAÇÃO
PRAS COISAS QUE EU VOU CONTAR
EU VENHO DO SUL DO MUNDO
E POSSO NÃO LHE AGRADAR
NÃO VIM ENCANTAR TEUS OUVIDOS
MAS TUA ALMA INQUIETAR.
CANTO QUE SOMENTE AGRADA
É ÁRVORE QUE NÃO TEM RAIZ,
ÁRVORE QUE NÃO AGUENTA PARADA
NENHUM TEMPORAL.
II
CANTAR É VIVER EM VOZ ALTA
E  O MUNDO MOSTRAR,
ESTAR EM FRENTE A UM ESPELHO
E, ASSIM,  MOSTRAR  E MOSTRAR-SE.
MOSTRAR SEU MUNDO NA TERRA
E AO MOSTRÁ-LO REVELAR-SE
QUE O MUNDO TEM VIDA E  TEM RIMAS
E VIDA E RIMA NÃO RIMAM
MAS QUANDO A RIMA DEFENDE A VIDA
AS DUAS SE APROXIMAM.
III
NÃO JULGUE A  ARTE UM LUXO
NÃO SE JULGUE UM SER DAS ESTRELAS
AS LUZES DO PALCO SE APAGAM
LOGO IRÃO ESQUECE-LAS
E É NO TEMPO DE ESCURIDÃO
QUE MAIS BRILHAM AS SINUELAS
BUSCA VIVER OUTRAS VIDAS
BEM  MAIS QUE ENTRETE-LAS
QUE A VERDADE TE ACOMPANHE
E CADA CENA , SEJA  TUA  ÚLTIMA CENA
IV
HÁ O QUE TENHA PREÇO
E HÁ O QUE TENHA VALOR
E A ARTE TEM OS DOIS.
HÁ DE SABER O ARTISTA
O QUE VEM ANTES, O QUE VEM DEPOIS.
O PREÇO DIZ O MOMENTO
O VALOR A HUMANIDADE
AQUELE QUE CUIDE O VALOR
PODERÁ PERDER  EM FAMA
MAS GANHARÁ EM ETERNIDADE.
V
NÃO FECHE OS OLHOS,
NÃO TAPE OS OUVIDOS,
CHEIRE, TOQUE, PROVE,
USE TODOS OS SENTIDOS.
NÃO LAVE AS MÃOS
TOME PARTIDO,
PARTIDO ATÉ MANCHAR-SE.
QUEM SE OMITE
POR MAIS QUE APAGUE VESTÍGIOS
JÁ NÃO PODERÁ LIMPAR-SE.
VI
NÃO TE CALES CANTOR ,O SILÊNCIO
DA MALDADE QUE OPRIME É ALIADO
TE LEVANTA NAS TRIBUNAS
POR TUA VOZ FALAM OS CALADOS
POBRE  CANTOR QUE NÃO ARRISCA SUAS CORDAS
PRA NÃO SENTIR-SE ARRISCADO
RI E SOFRE COM TEU POVO
ESTEJA SEMPRE AO SEU  LADO
CANTOR QUE CANTE AOS POBRES
NEM COM A MORTE SERÁ CALADO.
VII
CANTOR QUE CANTE AOS PROBRES
NEM MORTO HÃO DE CALAR
POIS ESTE SEU CANTO
CHEGUE ONDE CHEGAR
HÁ DE ENCONTRAR UM PAISANO
QUE O FAÇA RESSUSCITAR
TEUS VERSOS JÁ NÃO SÃO TEUS
SE FORAM NO POVO  PARAR
AINDA QUE NÃO SAIBAM TEU NOME
ESTARÃO A TE LEMBRAR
VIII
CUIDADO COM A MÍDIA
COM A NOVA MODA DE PLANTÃO.
QUE AS MODAS MUDAM
E VEM E VÃO
MIGRAM DE LUGAR
E DE ESTAÇÃO
SEGUEM OS BANDOS
COMO AVES DE ARRIBAÇÃO
QUE NUNCA PASSE DE MODA
O TEU CORAÇÃO.
IX
O PAGO DEBAIXO DA PELE
CONTIGO SEMPRE CARREGUE
O MUNDO TEM ENCRUZILHADAS
E SÓ EM UM CAMINHO SE PROSSEGUE
É O QUE TRAZEMOS ADENTRO
QUE IMPEDE QUE A GENTE CEGUE
UMA LUZ QUE HERDAMOS
QUE EM NOSSO PASSO SEGUE
QUE PASSA DOS AVÓS AOS PAIS
E PELOS PAIS AOS FILHOS É ENTREGUE.
X
RECORDA QUE O CAMINHO É O MESMO
PRA QUEM VEM E PRA QUEM VAI
E SÃO MAIS LARGOS OS CAMINHOS
PRA QUEM VAI CARREGADO DEMAIS
UMA COISA É UMA COISA, OUTRA COISA É OUTRA COISA
DISSO NÃO ESQUEÇA JAMAIS
QUE AS  COISAS MUDEM DE DONO
E NÓS SIGAMOS IGUAIS
CARREGA TUDO QUE ÉS
É ISSO  O QUE IMPORTA MAIS
XI
NÃO MATE OS AVÓS
PARA FICAR BEM COM OS NETOS
A CASA SE ERGUE DO CHÃO
NÃO NASCE A PARTIR DO TETO.
O FRUTO NA COPA DA ÁRVORE
JÁ ESTEVE NO CHÃO, ENCOBERTO.
UMA GERAÇÃO SOBRE OS OMBROS DE OUTRA
VÊ MELHOR O CAMINHO CERTO
PORQUE OLHA DE CIMA
E NÃO PORQUE ESTÁ MAIS PERTO.
XII
PROTEGE A MEMÓRIA
TE SALVES DA MEDIOCRIDADE
SEGUE CANTANDO A TUA ALDEIA
TEU PEDAÇO DE HUMANIDADE
SALVA DO MUNDO UM PEDAÇO
QUE SE CHAMA DIVERSIDADE
PRESERVA O DIVERSO
PARA ALCANÇAR A IGUALDADE
QUE SER IGUAL NÃO É O MESMO
QUE NÃO TER DIREITO A IDENTIDADE
XIII
SE NÃO PODES ADVINHAR O FUTURO
AO MENOS O TENTE IMAGINAR
EXERCITE O DIREITO AO DELÍRIO
PELO QUAL TUDO SE PODE MUDAR
NÃO TE PROGRAMES PELO COMPUTADOR
QUE NO SUPERMERCADO NÃO TE POSAM COMPRAR
CARREGA DE FUTURO  TEU CANTO
CANTA PRA TRANSFORMAR
ATÉ QUE A JUSTIÇA E A BELEZA
VOLTEM A SE ENCONTRAR
XIV
SE CANTAS O QUE SABES
NINGUÉM TE IGUALA EM SABER
QUE O SABER ESTÁ NOS LIVROS
E EM CADA RUGA NO ROSTO A ESCREVER
A HISTÓRIA DE CADA UM.
NASCEMOS PARA APRENDER
POR ISSO NINGUÉM NASCE SABENDO
SE PRECISAS VER PARA CRER
VI UMA CIGANA ANALFABETA
A MÃO DE PAULO FREIRE LER.
XV
E NADA TENDO ALÉM DESTA VOZ
E SENDO TEU OFÍCIO CANTAR
QUE SE OUÇA TEU CANTO, QUE SE OUÇA TEU CANTO.
E SE ISSO É TUDO QUE TENS
E TENS QUE NOS OFERTAR
ESSE ALGO QUE ESTÁ EM TUDO
E NUNCA ESTÁ EM SEU LUGAR
QUE SE OUÇA TEU CANTO, QUE SE OUÇA TEU CANTO
MÃO INVISÍVEL O OUVIDO E O CORAÇÃO A TOCAR.


Referências:
( Geraldo Vandré, Eduardo Larbonais, Mario Carrero, Facundo Cabral, Joaquín Sabina, Gabriel Celaya, Ivan Lins, Horácio Guarani, Pablo Milanés, Athaualpa Yupanqui, Manoel Machado, Alfredo Zitarrosa, Jaime Caetano Braun, Martin César Gonçalves, Leon Tolstói, Eduardo Galeano, Chico Cesar, Sérgio Napp)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Vamos celebrar o instante, que o abraço dos amantes justifica o universo.



Gramática

Quando te digo minha
Não tomes como pronome possessivo...
Ninguém tem a posse de ninguém!
Muito menos os que pensam que a tem.
Quanto te digo minha
Tomes como algo mais sutil...

Acabei de inventar
O pronome carinhoso!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Os pássaros de mesma plumagem procuram voar juntos...



Procura-se

Procura-se a poesia, viva ou morta, procura-se.
Poesia como um amor adolescente,
Ingênuo. Descobrindo e descobrindo-se.
Como o primeiro olhar de cumplicidade
E o primeiro beijo. E a primeira lágrima de dor.
(E não existe outro amor mais delirante).

Procura-se a poesia, viva ou morta, procura-se.
Poesia contra a opressão,
Poesia como um rio sem represas,
Poesia libertária, abrindo grades,
Poesia devolvendo o céu aos pássaros,
Poesia sem preço, nem limites,
Poesia como lenitivo, como bálsamo,
Poesia contra as feridas deste tempo,
Poesia contra quem nos fere,
Poesia para quem nos fere,
Poesia necessária, poesia imprescindível
Como a água que bebemos.


Procura-se a poesia, viva ou morta, procura-se.
Poesia de Neruda, eterna como as geleiras da sua terra,
Alta como a cordilheira que moldou o seu canto inigualável,
Livre como o condor, senhor dos ares ameríndios.
Poesia com gosto de vinho, poesia cor de sangue,
Poesia como o mar, belo e temível. Temivelmente belo.
Poesia de Drummond, cortante como um punhal,
Feita do ferro das suas minas não tão gerais,
Poesia denunciadora como a Rosa de Hiroshima,
Poesia gritando feito uma menina do Vietnam,
Nua. Queimada de Napalm, gritando...
Ardendo em chamas dentro de nós.
Procura-se a poesia, viva ou morta, procura-se.
Poesia como um relâmpago na noite escura,
Como o tímpano adivinhando o trovão
Que ainda não veio, mas virá.
Poesia como uma flor em meio ao charco,
Como as gotas de orvalho sobre a relva,
Como uma carta de amor no bolso de um soldado
Que foi morto por outro soldado que
também foi morto,
Ambos assassinados por alguém que
nunca foi à guerra.
Poesia épica como a música de Serrat
Onde Dom Quixote ainda enfrenta os cataventos,
E García Lorca ainda está vivo,
Zombando dos generais que o fuzilaram.
Como o exemplo de uma mulher por trás das barricadas,
Defendendo a frágil democracia de sua
imensa Espanha
E gritando: No pasarán!... No pasarán!... No pasarán!


Procura-se a poesia, viva ou morta, procura-se.
Poesia como um amor adulto, aparando arestas,
Buscando completar um estranho quebra-cabeças
Onde sempre está faltando alguma peça.
(E não existe outro amor mais desafiante).
Poesia como as mãos de Víctor Jara, tocando,
Mutiladas mas ainda ali, tocando
Para todos os opressores deste mundo, tocando
Para os abutres disfarçados de defensores da liberdade,
Pois cada Pinochet é somente um títere,
Perigoso títere de uma ideologia onde o lucro
É o único Deus e a águia é o símbolo do poder.

Procura-se a poesia, viva ou morta, procura-se.
Poesia como o espetáculo indescritível das estrelas
Numa noite clara, longe das cidades de neon.
Poesia como as mãos de um escultor
Moldando o barro, forjando o tempo.
Poesia como o sutil traço de um pintor
Transformando a matéria em sentimentos.
Poesia desesperada como um suicídio,
Como a dor das mães-avós da praça de maio,
Lutando contra o silêncio e o esquecimento.


Procura-se a poesia, viva ou morta, procura-se.
Poesia como flecha contra mísseis e satélites.
Poesia como o pedaço de céu visto entre as grades
De todos os cárceres do planeta.
Poesia como a ausência das pessoas que perdemos,
Mas que continuarão em nós, enquanto vivermos.
Poesia como um barco regressando.
Poesia incoerente e bela. Incoerentemente bela.
Como o pranto solitário de Carlitos,
Como a ternura inquebrantável de Guevara.
Poesia necessária, poesia imprescindível
Como o ar que respiramos.

Procura-se a poesia, viva ou morta, procura-se.
Poesia como o último índio de uma raça,
Exposto aos brancos como um animal exótico.
Poesia como o grito igualitário de Zumbi
Sem entender porque a cor difere os homens.
Poesia como o coração de Chico Mendes
Sangrando sobre o verde da amazônia.
Poesia como os cem anos de solidão
A que estão condenadas todas as Macondos
Deste hemisfério culpado por ser inocente.


Procura-se a poesia, viva ou morta, procura-se.
Poesia como um amor maduro,
Bebendo a última luz do entardecer.
(E não existe outro amor mais verdadeiro).
Poesia necessária, poesia imprescindível
Como o sol de cada dia.
Poesia como alguém que dá sua vida
Por um ideal, por um amor, por um amigo,
Poesia como alguém que dá sua vida por alguém,
Sem importar-se, que, afinal, está entregando
A sua mais bela e - quem sabe -
Única, necessária e imprescindível poesia.


Martim César





quinta-feira, 16 de maio de 2013

Poesia no bar ( e haverá melhor lugar???)

Poesia no Bar no Madre Mia


Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura.’
[Bukowski ]
Uma noite poética e livre, carregada de música e poesia acontece no próximo sábado (18), na 14ª  edição do Poesia no Bar, a partir das 19h. O local escolhido, digno da ousadia artística e da culinária latina foi o Madre Mia. Os poetas, das cidades de Pelotas, Rio Grande, Jaguarão e Porto Alegre, tomados pelas mais diversas influências e personalidades estarão apresentando suas poesias e de autores consagrados. Uma noite para sentir e respirar literatura, de todas as formas.
Nesta 14ª  edição, o Poesia no Bar abre com a visceralidade insana, louca e fascinante de Bukowski em uma performance da autora Ju Blasina, de Rio Grande. Blocos com poesias de diversos autores locais e convidados farão parte da noite que conta com a poesia viva, profunda e inquietante do poeta Martim César, de Jaguarão. O mais recente grupo focado em arte e literatura Mandinga estará lançando sua revista virtual expressa em arte escrita e visual com artistas de Pelotas e região.
Nascido em Pelotas/RS, no inverno de 2010, o Projeto Poesia no Bar possui o objetivo de levar literatura, através da distribuição de marca-páginas com poemas de novos poetas, participando como organizador e apoiador de eventos e ações literárias, que expandam e fortaleçam a poesia. Com inserções em várias manifestações artístico-culturais como evento oficial, o Poesia No Bar já esteve presente em atividades como: Cult Bazar, Cult festival, 2° Festival Manuel Padeiro de Cinema e Animação, 10° Aniversário da Rádio Com 104,5 FM, 3ª Feira Binacional do Livro de Jaguarão/RS, Semana do Audiovisual de Jaguarão/RS – SEDA 2012, Sarau do Radiola e edições em Rio Grande e Jaguarão.
Com entrada franca, o evento ainda distribuirá marca-páginas com poesias de 30 autores, representantes de várias regiões do País e abrirá espaço para o público mostrar sua poesia e vivenciar mais um momento marcante na cena cultural que vem crescendo a cada dia em Pelotas e região.
Autores confirmados:
Alvaro Barcellos
Daniel Moreira
Duda Keiber
Ediane Oliveira
Gabriel Borges da Silva
Giliard Barbosa (RG)
Ju Blasina (RG)
Israel Mendes (POA)
Jorge Braga
Jorge Passos (Jaguarão)
Marcio Ezequiel
Marília Kosby
Martím César (Jaguarão)
Rogério Nascente
Sérgio Christino
Valder Valeirão
Vinícius Kusma
Serviço
O que: 14ª  edição do Poesia no Bar
Onde: Madre Mia (Santa Cruz, 2200)
Quando: Sábado, 18 de Maio, às 19h, entrada franca.
poesia no bar cartaz 551x800 Poesia no Bar no Madre Mia

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. Vinícius de Moraes



Um segundo antes do fim

Foram tantas madrugadas pela vida
Feito um barco à deriva
Navegando, meu amor, sem ter um cais

Tinha em mim tantos acenos de partida
No olhar a nostalgia
         De quem tem o seu destino preso ao mar
         Se eu sonhasse a primavera
E pintasse o chão de flores
Nem assim eu tinha as cores 
Que eu só vi nos olhos dela
Nem assim...

          Se eu tivesse o dom em mim
De expressar-me em poesia 
Nem assim eu poderia 
Explicar o que eu senti

          Um segundo antes do fim... o Armageddon!
Supernova em distensão... o som
Da explosão dentro de mim.

         Quando tu me encontraste um dia,
A tormenta de repente se desfez
E as velas sempre abertas para o adeus
Se renderam, enfim, ao sabor da calmaria.
         Alma em flor...

           Descobri que não tem como, nem porquê...
Meu amor, eu só sei que já não posso
Mais viver sem você.

         Eu que andava na imensidão do mar,
         E eu queria somente ser teu cais,
         Encontrei em teu porto a minha paz!
        Ser teu chão... ser tua casa... ser teu par!


Martim César

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Nasci chorando, Moinhos de vento, subir no bonde, descer correndo. A boa funda de goiabeira. Jogar bolita, pular fogueira... Elaine Geissler



Porto de madrugada

É alta noite, é madrugada
E me invade uma vontade de sair
Sem direção
Por essas ruas de ninguém
Pisando luas pelos charcos
Feito um lobo a correr
Na escuridão

É noite alta e a madrugada
Não tem nada mais que a estrada
A me ofertar
A fúria urbana em luz e som
Sob as estrelas de neón
Há tempos já não pode iluminar
Meu coração

Eu não tenho um porto onde chegar
Não sou alegre nem serei
Mas, minha amiga, hoje eu sei
Que numa curva logo adiante
Está a vida...
E me convida a ser seu par
Sem antes nem depois
Bem mais que dois!
Enquanto o sol não despertar!