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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Lançamento Marco Gottinari

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Programa Talentos e Canções Apresenta:

Show de Lançamento do CD "Tudo Uma Canção" 

Com Marco Gottinari e Convidados


Dia 05 de Agosto -  Domingo - 19hrs

No Cine Teatro Municipal


Locais de venda dos ingressos:( acho que o Gottinari quer que saia no cartaz)

Radio Cultura
Radio Liberdade
Posto Fita Azul Central
Agro Nunes Madri
(Por Alan Otto Redu) 



As mãos deste país

Nessas mãos rudes do barro
Calejadas da capina
Da colheita que ensina
Que o trabalho ainda compensa
Nessas mãos que cumprimentam
Com vigor a um companheiro
Na franqueza do obreiro
Que constrói o seu lugar
Nessas mãos duras da lida
Preparando a vida
Sulcando lavouras
Vai nascendo a semente
Que brotando gera
No ventre da terra
A estação vindoura

Nessas mãos sangra o suor
Que enriquece o solo
Madurando o sol
Que ainda está por vir
Nessas mãos marcadas
De lama e salitre
De sonhos rurais
De seiva e raiz
É nessas mãos caladas
Mãos abandonadas
Que germina a paz
Pois nelas se faz este meu país

Nessas mãos quarteadas
De enfrentar geadas
Brandindo a enxada
Plantando o futuro
Nessas mãos sofridas
Ilhadas, escondidas
Trabalhando quietas
Na imensidão
Nessas mãos humildes
Dessa gente simples
É que ainda resiste
A força deste chão

Martim César

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Llovía y te ofrecí el último café... (Cátulo Castillo/Héctor Stamponi)





Como toda última vez

Yo tenia un cenizero lleno
Y un corazón vacio
Cuando en tu cigarrillo y en el mío
Una otra luz se ha prendido.

Ahora tengo la cabeza llena
- y no es tan solo cerveza -
Es como un fuego que empieza
A quemar mis pocos sentidos.

Prometo un  amor que no tengo
Mientes que soy tu mejor  hombre
Y te invento un falso nombre
Y así nos llevamos bien

Nunca el agua ha saciado
De un ahogado la sed
Y siempre más el pez en la red
Si enreda intentando huir

Ni toda mentira es oscura
Ni clara es toda verdad
Y si te entregas por mitad
Mía es la parte más tuya

La vida no tiene reglas
El precio es que  está  arreglado
Nosotros lo hemos pagado
Con plata y con soledad

Mañana  por la ventana
Nos borrará el amanecer
Como si no fuera volver yo me iré
Como toda última vez.

Maurício Raupp/Martim César

terça-feira, 24 de julho de 2012

Áudio da gravação ao vivo da Procissão dos Retirantes

http://olhonaletra.com.br/pedro-munhoz/265469/procissao-dos-retirantes.html

Yo era el rey de ese lugar, aunque muy bien no lo conocía... Sui Generis



Recuerdos de Santa Bárbara

Lá no terreiro do fundo
Fiz a minha cruz de sal
Que desde que o mundo é mundo
Sempre espantou temporal
Mas desta vez não me iludo
Santinha, não leve a mal!

Dona Lola, benzedeira
Me diz que se as nuvens negras
Correm do mar para a terra
Larga os bois e foge dela
Mas se vão da terra pro mar
Pega os bois e vai lavrar

Santa Bárbara me salve
De um tempo medonho assim
Antes que o mundo se acabe
A balde, diante de mim
E o céu inteiro desabe
Num aguaceiro sem fim

Nessas horas de tormenta
Sempre volto a ser piá
Lembrando das corredeiras
Depois do tempo escampar
Com barcos de corticeira
Correndo entre os quintais...

Santa Bárbara... lembrança
Dos meus avôs, dos meus pais
Retratos que na distância
Hoje estão longe demais...
Os temporais da minha infância
Estes ventos não trazem mais

Martim César

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Que Dios ayuda a los pobres... puede que sí... puede que no... pero es seguro que almuerza en la mesa del patrón. Atahualpa Yupanqui (El payador Perseguido)





ANJINHO DE ASAS PODRES: O CARDEAL.
A parcela do povo que tem um pouco de memoria e miolo, estranhou a forma como o cardeal Eugenio Sales foi retratado no velório pelas autoridades. Ele foi apresentado como um combatente contra a ditadura, que abriu os portões da residência episcopal para abrigar os perseguidos políticos. O prefeito Eduardo Paes, em campanha eleitoral, declarou que o cardeal "defendeu a liberdade e os direitos individuais". O governador Sérgio Cabral e até o presidente do Senado, José Sarney, insistiram no mesmo tema, apresentando dom Eugênio como o campeão "do respeito às pessoas e aos direitos humanos".

Não foram só os políticos. O jornalista e acadêmico Luiz Paulo Horta escreveu que dom Eugênio chegou a abrigar no Rio "uma quantidade enorme de asilados políticos", calculada, por baixo, numa estimativa do Globo, em "mais de quatro mil pessoas perseguidas por regimes militares da América do Sul". Outro jornalista, José Casado, elevou o número para cinco mil. Ou seja, o cardeal era um agente duplo. Publicamente, apoiava a ditadura e, por baixo dos panos, na clandestinidade, ajudava quem lutava contra. Só faltou arranjarem um codinome para ele, denominado pelo papa Bento XVI como "o intrépido pastor".

Seria possível acreditar nisso, se o jornal tivesse entrevistado um por cento das vítimas. Bastaria 50 perseguidos nos contarem como o cardeal com eles se solidarizou. No entanto, o jornal não dá o nome de uma só - umazinha - dessas cinco mil pessoas. Enquanto isto não acontecer, preferimos ficar com o corajoso depoimento de Hildegard Angel, cujo irmão Stuart, foi torturado e morto pelo Serviço de Inteligência da Aeronáutica. Sua mãe, a estilista Zuzu Angel, procurou o cardeal e bateu com a cara na porta do palácio episcopal.

Segundo Hilde, dom Eugênio "fechou os olhos às maldades cometidas durante a ditadura, fechando seus ouvidos e os portões do Sumaré aos familiares dos jovens ditos "subversivos" que lá iam levar suas súplicas, como fez com minha mãe Zuzu Angel (e isso está documentado)". Ela acha surpreendente que os jornais queiram nos fazer acreditar "que ocorreu justo o contrário!".
 
 Raul Elwanger - Gazeta dos tolos
 
Yo nunca fui a la guerra

Yo nunca fui a la guerra
La guerra es que vino a mí
Y me dijeron que defendiera
Con mi bandera y con toda gana
La tierra noble de mi país

Pero qué cosas que yo he pensado:
'La tierra esa de que hablan tanto
Y que me dijeron que era mía
Siquiera el polvo tengo en mis manos'

Yo nunca fui a la guerra
La guerra es que vino a mí
Y créamelo porque yo he visto
Bandadas tristes de niños solos
Por esas calles de mi país

Pero qué cosas que yo he pensado:
'Esos que velan por nuestros sueños
Cuando uno pide también la tierra
Resulta siempre que son sus dueños'

Yo nunca fui a la guerra
La guerra es que vino a mí
Y me contaron que pa' los pobres
Dios regalaba un cielito claro
Donde la gente iba a ser feliz

Pero qué cosas que yo he pensado:
'El cielo ese que es muy bonito...
?Porque el señor siendo así tan bueno
Aquí en la Tierra le dió a los ricos?'

Yo nunca fui a la guerra, hermano
La guerra esa... es que vino a mí.

Martim César

sábado, 21 de julho de 2012

Quem segue vários caminos, não segue caminho algum...






Os que semeamos futuro

É preciso semear a insensata alegria
Quando a dor nos devia amargar a emoção
É preciso a coragem de afirmar o destino
E enfrentar os abismos que nos impõe a razão

É preciso cuidado, que a mão boa não falte
Que a estiagem não mate a colheita do pão
  É preciso cuidado, ademais da experiência
É preciso a ciência de saber a estação

Mas acima de tudo é preciso esperança
Esse olhar de criança a pedir nossa mão
É preciso cuidado, que este tempo nos pede
E a vida é mais breve do que esta canção

Porque somos raiz
Razão da terra nos frutos que vingarão no futuro
Porque somos país
Nação a buscar outros rumos para um tempo mais justo

Seguimos, alma livre e libertária
Nem a morte nos separa desse dia que há de vir
Seguimos, coração feito guitarra
Mãos abertas que preparam um amanhã menos servil.


Martim César

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Todavía yo no sé si volverá, nadie sabe, al día siguiente, lo que hará. Rompe todos mis esquemas, no confiesa ni una pena, no me pide nada a cambio de lo que dá. Pablo Milanés





Si te digo lo que soy

Si te digo lo que soy
Tú te alejarás de mí
Desde un tiempo a esta parte
He vivido por vivir

Yo he sido un bucanero
En los mares del amor
He quemado esos navíos
A donde va mi corazón

Si te digo lo que soy
Quizás no me entenderás
Me pasaron tantas cosas
No te las quiero contar

Hoy yo vivo cada día
Como si fuera el final
¿Para que hablar de lágrimas
Si veo el sol en tu mirar?


Martim César

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Minha vida é mar revolto, sol a pleno...




Para os dias que virão...

Não me peças que eu seja um rio sereno
Desses que eternizam tardes calmas
Minha vida é mar revolto, sol a pleno
Nunca pude dar silêncio à minha alma!

Desde o dia em que abri as minhas asas
Compreendi que buscar rastros era em vão
Quem partiu e depois quis voltar às casas
Só encontrou em seu regresso a solidão

Mas, companheira, quando chegas de mansinho
Nessa casa onde eu guardei meu coração
Em teus olhos eu encontro o meu caminho
E já não temo mais o frio dos dias que virão

Mas, companheira, no calor do teu carinho
O meu inverno se aconchega em teu verão
E enfim entendo que já não quero ser sozinho
E arrumo a casa para os dias que virão

Não me peças que eu seja um rio sereno
Igual a esses que enfeitam as paisagens
Minha vida é mar revolto, sol a pleno
Águas rebeldes alargando as suas margens

Quando se tem no coração noites escuras
Vale bem mais a frágil luz de cada estrela
Pequeno ser que a cada passo se pergunta
Que vale a vida... se a vivermos sem vivê-la?


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Passas tão velozmente, que nem pareces passar...




A insistência da sombra


De manhã uma sombra comprida
Aponta ao poente incerto
Do lado de cá está a vida
A infância de olhos abertos

Sobe o sol... é o seu destino
-E já ilumina toda a cena -
Embaixo cresce o menino...
Mas sua sombra se apequena!

Quando chega o meio dia
A sombra desaparece
E a vida é toda energia
O sol dos sóis nos aquece

Nesse momento tão louco
Vivemos sempre apurados
Nem percebemos que aos poucos
A sombra mudou de lado

Enquanto o sol ainda arde
Em sua quase plenitude
Cresce a sombra pela tarde...
É tarde!... para a juventude!

No ocaso a sombra é comprida
E agora já é certo o poente
Atrás ficou toda a vida
Mas o que haverá pela frente?

O que esperará do outro lado?
Nunca há quem nos responda
E já parte o sol... derrotado...
Pela insistência da sombra!

Martim César

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Quando de novo se abrirem tuas portas...

http://www.pelotas.com.br/xxx/sai/img_evento_sete/0a3c075b000f19b84ea874e05237d4f2.jpg


Canto de sol para um teatro fechado

Quantas vezes te assisti em segredo
Quando incendiavas as noites escuras
Por isso, hoje, eu te olho e não entendo...
Ah!Princesa onde está a tua cultura?

Quando de novo se abrirem tuas portas
E o riso voltar à tua gente
Mil atores saudarão tua volta
E os aplausos se ouvirão novamente

No mais sagrado altar do teu palco
Ainda ecoam antigas canções
Onde agora os fantasmas caminham
A vida sem graça já não vende ilusões...

Sete artes tem o meu universo
Sete estrofes de amor te ofereço
Quem não sabe o valor do teu verso
É por que pensa que tudo tem preço...

Era abril, eu me lembro, e cantavas
Melodias ao entardecer...
Era abril, eu me lembro, e bailavas
E uma princesa contigo sonhava
Esse sonho que eu não posso mais ter.

Quando se arredem, por fim, as cortinas
E saltimbancos pedirem por palmas
Verei mambembes, bufões, bailarinas
Trazendo à vida de novo tua alma

Então novamente estaremos contigo
Mesmo aqueles que já não estão
E outras vozes dirão que estás vivo
Não há quem pague o valor da emoção...

Martim César

terça-feira, 10 de julho de 2012

Con agüita del mar andaluz quise yo enamorarte, pero tu no tenías otro amor que el del Río de La Plata. Joaquín Sabina




Una aguja en un pajar

En una calle sin nombre
- al Sur, por supuesto-
Todavía ocurrurirá esto
que ahora escribo y cuento
y que leerás, en algún momento
Entre las líneas de tus manos.

Si, aunque sea invierno
en este sitio cualquiera,
se despertara la primavera
en el clavel de mi traje
y en un segundo de coraje
lo que escribí yo te ofreciera...

Yo no estaré de anteojos
- ojos no sirven para verte -
es que para reconocerte
No necesitaré de ellos...
Adivinaré  tu rostro bello
Con mis ojos bien cerrados

Y tú sabrás que soy yo
aunque no sepas quien soy
en ese día que es hoy
Y que para mí es ahora
y para vos cualquier hora
en el reloj del despues

!Y que hablen mis allegados
De no perder la cabeza!
Yo quiero un rompecabezas
Raro, de solo dos piezas
Y un milagro que empieza
Si acaso algún Dios las une.

Yo no estaré de anteojos
Un clavel en mi traje tendré
Algún retrazo entenderé
Son coches, buses,tranvias
Y no hay fecha todavía
Para este día amanecer

Mañana te encontraré
Entre miles de millones
De siglos y corazones
Por tierra, cielo o por mar
Sos una aguja en un pajar...
Pero aún estaré donde estés.

Maurício Raupp Martins/Martim César

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Terra... és o mais bonito dos planetas... Beto Guedes



Sertão das águas


Arrepare n’água, seu moço
Parece ser tão igual
Mas o seu jeito de poço
Dá bem a cor do seu mal

Eu vô fiando essas rede
Tentando sobrevivê
Olhando o rio, que de sede
Já não faz mais que morrê

Meu pai contava, seu moço
Que em tempos do meu avô
Havia festa... alvoroço
Na volta dos pescadô

Agora as rede se some 
Pelas fundeza do rio
E quando voltam os home
Só barco e olhos vazios

Não sei vivê doutro jeito
Sou pescadô de pequeno
De quando as água do leito
Não conheciam veneno

Vejo no olhar do meu filho
A mesma interrogação
Pra quê as rede que eu fio
Se a vida volta mais não?


Martim César

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Hay en tu voz llovizna y sol, espina y miel...



Al Sur tu purajhei

En un boliche de pueblo
Entre grapa y cigarillo
Un criollo entona coplas
En un acordeón muy sencillo

Paisano llaman al hombre
El apellido es cualquiera
¿Y pa’ que necesita un nombre
Quién nació como las fieras?

Canta nomás como un zorzal
Al amanecer
Hay en tu voz llovizna y sol  
Espina y miel
En tu acordeón sueña el amor
Nostalgia y fe
En sombra y luz sembrando al Sur
Tu purajhey

Suena bajito un chamamé
Casi ni llega a escucharse
Después despierta y se viene
Como ñandú por los valles

Son los cantores puebleros
Mezclas de voz y silencio
Que si poco tienen afuera
Tienen un mundo en sus adentros


Martim César
Purajhei - Canção

Poema musicado por Aluísio Rockembach 
(Música vencedora do Reponte da canção de São Lourenço do Sul)